Motorista simula sequestro para justificar gastos de R$ 10 mil

Um motorista desempregado de 44 anos simulou ter sido vítima de sequestro, em Mandaguaçu. Nesta sexta-feira (24), ele confessou à Polícia Civil ter inventado a história para justificar o gasto de R$ 10 mil sacados da conta bancária do filho. Segundo a polícia, o caso começou no último dia 10 de outubro, no início da tarde, quando o motorista saiu para ir à uma agência bancária. Por volta das 14h40, ele telefonou à esposa e disse que estava a caminho de casa para buscá-la, no entanto, não apareceu. O casal pretendia vir a Maringá para concluir a compra de um carro em uma garagem. Passada meia hora após telefonema, preocupada com o atraso do marido, a mulher ligou várias vezes para o celular dele, mas não teve resposta. No início da noite, o motorista entrou em contato com a família e disse à esposa que havia sido sequestrado, mas pediu que ela não acionasse a polícia já que os bandidos tinham prometido libertá-lo no dia segiunte. Na manhã do dia 11, o motorista fez uma nova ligação informando que seria colocado em liberdade no período da tarde e retornaria para casa, algo que não ocorreu. Aflita, no mesmo dia a mulher procurou à delegacia de Mandaguaçu e registrou o desaparecimento do marido. Dois dias depois, o Volkswagen Gol da vítima foi localizado abandonado em São Jorge do Ivaí (a 58km de Maringá). O motorista apareceu em Maringá no período da tarde dizendo que havia sido liberado pelos bandidos. Na ocasião ele se recusou a prestar esclarecimentos à Polícia Militar (PM). No dia 15, o motorista compareceu à 9ª Subdivisão Policial (SDP), em Maringá, e relatou os detalhes do suposto sequestro. Ele disse que foi rendido por três homens armados na saída do banco em Mandaguaçu e levado, vendado, para um cativeiro na região. Disse ainda suspeitar que o mandante do sequestro seria um agiota para quem teria entregue cerca de R$ 14 mil, mas se recusou a identificá-lo. Segundo a polícia, esta manhã, o motorista se apresentou espontaneamente em Mandaguaçu e acabou confessando ter simulado o próprio sequestro. Ele disse que mentiu porque teve vergonha de contar ao filho que havia gasto o dinheiro. O dinheiro teria sido gasto com a própria família, segundo ele.

O Diário