Os agentes penitenciários de todo o Paraná realizam na quarta-feira (22) um ato público em frente ao Palácio Iguaçu, em Curitiba. Na pauta da manifestação, a criação da uma secretaria especÃfica para cuidar das unidades prisionais do estado. "Faltam pessoas que entendem de segurança na Secretaria Estadual de Justiça (Seju)", argumentou o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindarspen) do Paraná, Anthony Johnson.
Atualmente, a gestão dos presÃdios é feita pelo Departamento Penitenciário (Depen) do estado. "O órgão pertence à Seju, mas responde a 90% de toda a demanda da secretaria. O Depen precisa ser autônomo", afirmou o sindicalista.
Segundo ele, estados como São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais já contam com a Secretaria de Assuntos Penitenciários.
A situação atual, de 22 rebeliões e 45 agentes já feitos reféns, está insustentável. "Com certeza alguma coisa deu errado na gestão prisional do Paraná. As mudanças são necessárias", alertou Johnson.
A última rebelião registrada no estado, ocorrida na Penitenciária Estadual de Maringá (PEM), terminou na manhã desta segunda-feira (20) após 17 horas. O presidente do Sindarspen acredita que em novos motins. "Não tenho como te confirmar, mas tudo indica que eles podem estourar em presÃdios de Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão e Londrina", destacou.
Na unidade dois da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL 2), as ameaças são constantes. "Os presos falam que vão tomar a unidade, que a situação vai ficar ainda mais complicada", disse.
Vale lembrar que os agentes penitenciários tentaram entrar em greve no final do mês passado, mas a paralisação foi impedida pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). "Recorremos, mas o processo está parado há 15 dias. É o silêncio do Judiciário", criticou o sindicalista.
Bonde News
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