Policial

Cinco mortos e 25 feridos na rebelião da PEC

Pela manhã será feita uma varredura dentro da unidade


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A rebelião na Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC), considerada a maior e mais trágica da história penal do Paraná, terminou com cinco mortes e 25 feridos. O número oficial foi divulgado nesta manhã (26). De acordo com a Secretaria da Justiça e da Cidadania do Estado do Paraná (SEJU), a rebelião que teve início às 6 horas de domingo (24) acabou oficialmente às 4 horas da madrugada quando os últimos reféns foram liberados. A imprensa ainda não teve acesso ao interior da cadeia, mas na porta de entrada já é possível perceber os danos. Os telhados foram destruídos e ainda há fumaça no local. O cheiro é forte, durante os dois dias de motim os presos colocaram fogo em roupas, colchões e móveis. Diversas armas de fabricação artesanal foram apreendidas dentro da PEC. Tesouras, alicates, facas e ferros que estavam na posse dos rebelados foram encontrados dentro da unidade. Peritos do Instituto de Criminalística, servidores do IML recolheram os corpos, alguns carbonizados e com marcas de torturas. Foram mais de 40 horas de negociações tensas e o acordo com os detentos foi firmado na tarde de ontem, mas somente na madrugada os reféns foram liberados. Vinte e cinco detentos tiveram ferimentos e foram levados para hospitais de Cascavel. No Hospital Universitário todas as cirurgias eletivas foram canceladas até que a situação seja restabelecida. As visitas dos familiares aos doentes internados na unidade também foram suspensas. Os dois agentes penitenciários que ficaram reféns foram liberados sem ferimentos graves, eles também receberam atendimento médico. No total, 851 presidiários foram transferidos, desde domingo, eles foram levados para penitenciárias em Guarapuava, Francisco Beltrão, Cruzeiro do Oeste, Piraquara, Foz do Iguaçu, Maringá e Curitiba. Ainda não existe um número oficial de quantos detentos vão ficar na PEC, pois existe a suspeita de fugas. Apenas 20% da cadeia não ficaram destruídas. Nesta manhã a polícia militar realiza uma varredura para contagem de presos e um levantamento sobre os estragos.

Redação catve.com

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