Um direito não respeitado, um dever não cumprido quem teria que cercar de cuidados expõe ao risco e até mesmo a morte. Essa semana em Cascavel dois casos de repercussão nacional colocaram em cheque a ação dos pais, Maria Clara, 6 anos teria sido morta após uma série de espancamentos orquestrada por Giulia Albuquerque, mas com conivência e ajuda da própria mãe, Vanessa Ramos.
Vrajmani, 11 anos foi atacado por um tigre no zoológico da cidade após entrar em uma área proibida sem a interferência do pai que o acompanhava.
Só que o noticiário cascavelense não se restringe a essas duas situações, há um mês um pai foi preso quando a esposa descobriu que ele violentava sexualmente as filhas, uma de 8 e a outra de 11 anos, ele filmava e fotografava os abusos.
E a pequena Rafaela Trates não pode se defender das agressões do padrasto, sem a intervenção da mãe. Ela morreu dia 8 de março do ano passado, porém o corpo só foi encontrado um mês depois em um poço desativado. Vani Trates e Gilmar de Lima foram condenados juntos, a 77 anos de prisão.
Rafaela e Maria Clara têm em comum além do fim trágico as faltas na escola, as ausências das duas chegaram ao programa de evasão escolar, mas não evitaram a tragédia.
Só neste ano o programa atendeu 1.800 casos nas redes estadual e municipal de ensino, no entanto a equipe pequena de profissionais não deu conta de todos os que chegaram e 200 estão aguardando solução. O programa para ter o êxito, precisa de uma rede funcionando em harmonia, o que nem sempre acontece.
Além da famÃlia o Estatuto da Criança e do Adolescente exige que estado e sociedade também participem da proteção do menor, o Conselho Tutelar representa estes setores, no caso de Maria Clara seis denúncias chegaram ao conhecimento do Conselho e nada foi encontrado.
Nesta sexta-feira (01) outro possÃvel desaparecimento foi anunciado pelo órgão, uma menina teria sumido em maio.
A PolÃcia Civil por sua vez critica a demora para que os casos cheguem a delegacia.
Por falar em participação social, a perda do braço de Vrajmani é vista pela promotora como algo de culpa coletiva, porém ainda com o pai como principal culpado.
A gravidade das situações exige punições a altura, por isso a legislação está cada vez mais rÃgida para crimes cometido por quem deveria proteger o menor.
Jornal Catve 2ª edição
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