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Maria Clara: autoridades se pronunciam sobre o caso

A menina de apenas seis anos é mais um caso de negligência


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A história parece se repetir! "Os fatos são os mesmos. Duas pessoas adultas, uma que detêm a guarda, que é mãe no caso, mais uma vez mãe permite ou contribui para que a criança seja morta", diz Valdecir Nath, secretário de Educação. "A gente pensava que essa situação não voltasse a se repetir tão cedo na cidade, mas infelizmente novamente esse fato aconteceu", complementa o advogado. Maria Clara, de apenas seis anos é mais um caso de negligência, que começa em sua forma mais pura e corriqueira. A família que termina da forma mais trágica, com a morte carregada de crueldade. A pequena estudava e segundo os professores, era uma criança feliz. Não tinha problemas de comportamento. O ano letivo terminou em dezembro e este foi o ponto final da sua história escolar. A menina chegou a ser rematriculada, mas em 2014 não compareceu a escola. Antes do início das aulas, no dia 7 de fevereiro, a mãe solicitou a transferência de Maria Clara. Alguns dias depois a avó materna informou a escola que a filha e as netas não haviam mudado de endereço. A instituição entrou em contato com a mãe, que afirmou que estaria aguardando a documentação da nova casa para se mudar. Na mesma semana, uma vizinha procurou a escola para relatar sua preocupação. Observou que a mãe e os filhos saíram de casa a noite e que não mais voltaram. No dia seguinte, um caminhão carregou a mudança. O relatório foi encaminhado para o Conselho Tutelar. No dia 20 de março, o caso também foi denunciado ao programa de evasão escolar. "A escola tem acesso ao sistema para saber se a criança está inserida em qualquer escola da rede pública. Não foi constada a inserção desta criança e foi encaminhado para o programa de evasão dos relatórios que confirmam encaminhamento da escola para o programa de evasão, para o Conselho Tutelar. Porém, a família não foi localizada", argumenta o secretário de Educação. "Como não houve nenhuma informação ao judiciário por conta, nós não tínhamos o conhecimento. O Conselho Tutelar, pelo que soube dos conselheiros, eles tinham conhecimento de que havia uma situação de maus tratos de alguma denúncia, mas que tentaram localizar a mãe e não conseguiram localizar". Hoje, quatro meses depois a Polícia desvendou o crime. A mãe, Vanessa Aparecida Ramos do Nascimento e a amiga, Giulia Albuquerque assumiram o assassinato da garotinha. A pequena foi mantida dois dias no porta-malas de um carro e morreu por asfixia. O envolvimento da mãe no crime causa revolta, já o da amiga apenas confirma que as atitudes anteriores ao fato já demonstravam a crueldade. Giulia era conhecida do Conselho Tutelar. Giulia era ainda conhecida da Polícia, também do poder judiciário. "Ela já teve problemas com filho, foi afastado da família e esse filho foi acolhido. Então foram tomadas providências na época e que resultaram no acolhimento dessa senhora". As evidências ali estavam, mais uma vez ignorou os sinais de uma tragédia anunciada.

Jornal da Catve 1ª Edição

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