A Central Única dos Trabalhadores (CUT), do Paraná se pronunciou na manhã de sexta-feira sobre a prisão do motorista Tiago Pereira Costa, 31 anos, que prestava serviços a central. Uma pistola calibre 380 e 29 munições foram apreendidas.
Abordagem a duas pessoas, Tiago e o dirigente José Oliveira Lima ocorreu na BR 467, em Cascavel, na tarde de quinta-feira (29). Além da arma, munições e o veículo apreendido, Tiago foi levado para a carceragem da 15ª SDP, mas pagou fiança de R$ 1 mil e foi liberado. José não chegou ser encaminhado para a cadeia.
Segundo a assessoria de imprensa da Central, houve abuso de poder por parte dos policiais militares que fizeram a abordagem. Ainda de acordo com a nota, a arma possui registro. De acordo com a Polícia, Tiago vai responder por posse ilegal de arma de fogo.
Confira abaixo o pronunciamento da CUT
A CUT Paraná denunciará, ao Ministério Público, o abuso de policiais contra um dirigente da Central ocorrido durante esta quinta-feira (29), na região oeste do Paraná. Ele estava em um veículo da entidade quando foi abordado por dois policiais militares sob alegação de denúncia.
O dirigente seguia de Toledo para Cascavel onde acompanhava um carro que transportava uma urna que compunha o quadro de votação das eleições do Sintec. Ao abordar o veículos, os policiais encontraram uma arma na mochila do motorista, que estava no porta malas do veículo. Contudo, o equipamento estava devidamente registrado e sua apreensão restará demonstrada as suas circunstâncias em processo judicial.
Mesmo assim, os policiais algemaram ambos, os colocaram no chão, tiraram fotos e imediatamente enviaram para a imprensa.
Este fato, representa não apenas uma abuso de autoridade, mas uma ação orquestrada para constrangimento ilegal, haja que visto que o direito de defesa foi cerceado a partir do momento em que o fato divulgado, sem a menor menção ao outro lado. A Central, ou o dirigente, em momento algum foram procurados para dar sua versão.
Afirmamos, sem receio de errar, que trata-se não apenas de um grave erro, mas uma ação agressiva e que de forma alguma é condizente com um agente público do Estado, sobretudo no campo da segurança.
Um boletim de ocorrência foi registrado relatando a série de abusos, que teve início já no último sábado, quando um veículo utilizado pela campanha da chapa de oposição em outra eleição realizada na região foi apreendida pelo mesmo policial. A situação culminou com o lamentável fato desta quinta-feira.
Além do boletim de ocorrência, tanto a Central quanto o dirigente, tomarão as devidas medidas legais juntos aos órgãos públicos para denunciar e coibir este tipo de atividade ilegal sob tutela do estado.
Além de acionar o Ministério Público, uma ação na Justiça Comum também será providenciada por conta do constrangimento, abuso de poder e ação ilegal, para denunciar e coibir este tipo de atividade ilegal sob tutela do Estado. Além de acionar o Ministério Público, uma ação na Justiça Comum também será providenciada por conta do constrangimento, abuso de
poder e ação ilegal.
