Policial

Medo: jovem baleado durante assalto quer agora evitar viagens de ônibus

Ele era passageiro do ônibus atacado por bandidos na madrugada de segunda-feira (27)


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Era madrugada de segunda-feira (28), quando Luciano Dudek, de 20 anos voltava de ônibus do interior de São Paulo, em Marília para Cascavel pra passar férias com a família. O estudante de Medicina foi baleado durante confronto entre bandidos e um policial militar na PR 444, próximo a Apucarana. "Ele começou reduzir velocidade. Ele saiu pra fora da pista, em direção ao acostamento. Então, nós pensamos, ou é um problema com o ônibus, ou uma blitz e o amigo que estava do meu lado falou, só falta ser um assalto. Hora que ele falou isso, a gente riu, capaz, este tipo de coisa só acontece com os outros, mas era", descreve o rapaz. Os dois bandidos que entraram no veículo estavam com os rostos cobertos. Eles anunciaram o assalto, quando um policial à paisana, dos últimos bancos, começou a atirar contra os criminosos. "Nesse meio tempo, tinha um policial que estava à paisana no fundo do ônibus e ele reagiu com uma arma de fogo, que provocou uma troca de tiros dentro do ônibus", afirma o jovem. Luciano estava abaixado segurando um cachorro, quando um tiro atingiu o braço dele. "Primeira reação que eu tive foi de proteger a minha vida e a da meu cachorro que estava no meu colo. Foi suficiente pra que os assaltantes fugissem. Quando eles saíram eu me dei conta que meu braço estava quebrado, com quatro furos de arma de fogo por uma bala, no caso, e eu não sabia mais o que fazer", relata o estudante. O único disparo provocou quatro perfurações. Ele ficou aproximadamente uma hora sem receber atendimento médico, até que o motorista do ônibus e passageiros chegassem até o posto de pedágio na BR 376. "O primeiro atendimento foi feito por técnicos, eu acredito, mas que não tinham conhecimento de medicamentos. Eles não poderiam passar nada que pudesse aliviar a minha dor. A única coisa que eles fizeram foi imobilizar meu braço, mas o atendimento médico, de verdade, demorou cerca de 50 minutos a uma hora". O jovem foi encaminhado para o Hospital Metropolitano de Sarandi. Outras dois passageiros também foram atingidos pelos tiros. "Uma das meninas foi levada comigo com escoriações leves na mão, com restos de bala. Outra pessoa foi atingida com dois tiros na perna. Todos nós estávamos na frente do ônibus. Eu tenho agora medo, eu não tenho segurança nenhuma em viajar de ônibus, eu evitaria isso qualquer custo sempre que eu puder". Luciano afirmou que após receber atendimento médico e voltar para a casa dos pais, agora passa bem. Os criminosos ainda não foram localizados.

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