Defesa alega que Joelson cometeu o crime por estar passando fome

Joelson Telles saiu da carceragem, onde está preso desde sábado (28) e foi levado até a cena do crime, na área central de Cascavel. Devido à brutalidade e repercussão da morte de Ingrid Lapuse Rubel, a Polícia Civil decidiu reconstituir os detalhes do latrocínio, confessado pelo acusado. O acusado veio de Laranjeiras do Sul e na sexta-feira (27), na Rua Rui Barbosa encontrou uma casa vazia que estava para alugar. Ele mostrou aos policias como pulou as grandes. A chave da casa estava escondida na área e ele achou. Passou a noite na residência. Do lugar em que pernoitou ele tinha fácil acesso à casa da vítima. Um muro baixo divide os terrenos. Aproveitando a oportunidade, Joelson decidiu no sábado de manhã furtar a casa. Passou pelo quintal e entrou pela janela de um dos quartos, revirou alguns objetos na sala e na cozinha e ao entrar no outro quarto se deparou com Ingrid e, de acordo com ele, a golpeou. Neste ponto, a Polícia acredita em outra possibilidade: que a mulher não tinha faca para se defender e poderia estar dormindo. Depois do golpe, com a ajuda de uma blusa e de um cinto e ele a enforcou e a pendurou no trinco da porta com a vítima morta, Joelson seguiu revirando a casa. Na cozinha, comeu alguns pedaços de pizza e tomou refrigerante. No molho de chaves, encontrou a chave do carro e levando a televisão, fugiu com o veiculo de Ingrid. Ainda na tarde de sábado, antes mesmo de o crime ser descoberto, Joelson foi preso no bairro Santo Cruz, após uma perseguição policial flagrada pela CATVE. Ele acabou ferido na perna. Os policiais só chegaram ao corpo de Ingrid quando localizou em endereço que estava no carro roubado. Esperavam entregar o veiculo a dona, mas a encontraram morta. A advogada do acusado acompanhou toda simulação e diz que tudo foi feito por causa da fome. De acordo com ela, Joelson se arrependeu do que fez. A casa que Ingrid morava há 3 meses, depois veio de Campo Mourão, era da Lourdes, que mora com a família no mesmo terreno e não acredita no que aconteceu. Ingrid tinha 38 anos e deixou três filhos. A reconstituição vai servir como elemento de prova, tanto para a Polícia quanto para a defesa.

Redação Catve.com