Policial

Gaeco prende três vereadores de Juranda por tentativa extorsão

A vítima seria a ex-prefeita da cidade


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Os vereadores de Juranda, José Theodoro Alves Neto (PTB), Nelson Richard Pinto (PSL) e Pedro Gonçalves (PMDB) foram presos em flagrante pela Polícia Civil de Campo Mourão na tarde deste domingo (15) por tentativa de extorsão à ex-prefeita do município, Leila Miotto Amadei (PPS), gestão 2006-2012. A prisão aconteceu no restaurante do posto de Combustíveis "Tio Patinhas", após denúncia do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Núcleo Maringá, que agiu em conjunto com a Polícia Civil da cidade. Eles receberam voz de prisão no momento em que recebiam os cheques no valor de R$ 25 mil cada, entregues pelo marido da ex-prefeita, Devonir Antonio de Amadei. O dinheiro seria para garantir a aprovação das contas de Leila, referentes ao exercício de 2009 pelo Legislativo. Os vereadores exigiram à ex-prefeita um total de R$ 150 mil, R$ 50 mil para cada. Eles queriam R$ 75 mil com antecedência e o restante após a votação das contas na Câmara. O delegado chefe da 16ª Subdivisão Policial de Campo Mourão, Nagib Nassif Palma, que participou do flagrante, informou que os três parlamentares responderão a crime de concussão, quando o servidor público, em razão do cargo, exige vantagem indevida. Se condenados, poderão pegar de dois a oito anos de prisão, e multa. Poderão ainda perder os mandatos e direitos políticos. A ex-prefeita de Juranda, Leila Amadei informou que Pedro Gonçalves e José Theodoro, que respondem pela Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara de Vereadores do município, procuraram um ex-funcionário dela na semana passada, marcando um encontro na sexta-feira (13) em Campo Mourão. Vereadores foram presos e encaminhados para delegacia de Campo Mourão, pelo crime de concussão. Segundo Leila, os vereadores teriam informado ao seu ex-funcionário que o prefeito de Juranda, Bento Batista (PTB), teria oferecido R$ 300 mil a eles para reprovarem suas contas referentes ao exercício de 2009, que já haviam sido aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) com a intenção de deixá-la inelegível para as Eleições do próximo ano. A reportagem tentou ouvir Batista sobre o caso, mas ele não atendeu as ligações. A ex-prefeita informou também que os vereadores disseram que já estavam providenciando junto ao contador da Câmara dois pareceres, um pela aprovação e outro pela desaprovação e que iriam apresentar o parecer de acordo com quem oferecesse o maior valor.

Itribuna - Walter Pereira

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