Empresário de Londrina é preso em spa por envolvimento na Publicano

O empresário Sarkis José Samara, dono de uma empresa que atua na área de alumínio em Londrina, foi preso em um spa na cidade de Sorocaba, interior de São Paulo, como parte da terceira fase da Operação Publicano, deflagrada pelo GAECO na manhã desta quinta-feira (8). Samara é ligado ao grupo do ex-delegado da Receita Estadual em Londrina, José Luiz Favoreto, também preso hoje pelo GAECO. Segundo o Ministério Público, a empresa dele era usada para lavagem de dinheiro da propina obtida com o esquema de corrupção no órgão estadual. A esposa do empresário é considerada foragida, completando os seis mandados de prisão expedidos nesta fase da Publicano. Também foram detidos o irmão e a cunhada de Favoreto, além do advogado André Arruda. O coordenador do Gaeco, promotor Jorge Barreto da Costa, revelou que o foco principal desta nova fase é a recuperação do dinheiro desviado pela organização criminosa. "Todos os presos têm participação direta no esquema. Eles criaram uma empresa para levar o dinheiro desviado da Receita Estadual", comentou em entrevista coletiva. Os bens sequestrados estão avaliados em R$ 6 milhões. Ainda conforme o promotor, uma lotérica em Curitiba teria sido adquirida com dinheiro da corrupção. "Pedimos bloqueios das contas e sequestro dos bens que funcionam dentro desse estabelecimento", completou. Em suma, o esquema funcionava em três etapas. "No primeiro momento, por meio da aquisição de imóveis por valores inferiores ao de mercado ou por registro menor daqueles efetivamente pagos; segundo, através da utilização da empresa, cujos sócios são o José Luiz Favoreto, sua cunhada e seu irmão, para lavagem de dinheiro e, por último, na comercialização de títulos de crédito podres", especificou. Nas duas primeiras fases da Publicano, o MP denunciou quase 200 pessoas à Justiça por participação no esquema criminoso.

Bonde News