Através de um documento formal, o governo paraguaio apresentou a embaixada brasileira em Assunção queixas da ação audaciosa realizada nesta semana durante a Operação Ágata desencadeada na fronteira do Brasil.
Segundo informações de militares paraguaios, uma equipe do BPFron (Batalhão de Fronteira) comandada pelo Tenente Coronel Erick Oesternack teria invadido o Paraguai em duas situações e causado estragos no país vizinho.
A primeira invasão teria ocorrido na última terça-feira (28) no fim da tarde na região de Oiveira Castro distrito de Guaíra, nesta ação uma embarcação da marinha acompanhou as lanchas do BPFron, que segundo as autoridades paraguaias, teriam adentrado o Paraguai próximo do porto Tigre onde apreenderam seis embarcações que os militares brasileiros afirmaram ser utilizadas no transporte de cigarros contrabandeados.
Na barranca do lago mais uma vez os policiais militares teriam efetuados mais de 300 tiros de fuzil contra veículos da marinha do Paraguai e oficiais que estavam de serviço.
A segunda invasão ocorreu na quarta-feira (29), onde uma embarcação do pelotão C.O.B.R.A. do BPFron passou pela marinha paraguaia no chamado canalão em Porto Adela e sem motivo algum os policiais que estavam na embarcação brasileira efetuaram vários disparos de fuzil contra os militares paraguaios, que depois revidaram.
Nesta ação um veículo particular do capitão da marinha paraguaia foi atingido por tiros de fuzis.
Autoridades da segurança nacional do Paraguai afirmaram que revidaram aos tiros efetuados pelos militares do BPFron.
O grave ato contra a soberania intitulado pelo governo paraguaio deixou a situação complicada no Rio Paraná que divide os dois países.
"O Paraguai mantém uma estreita cooperação com o Brasil na luta contra as diversas formas de delinquência organizada, e espera que, baseado nos princípios de respeito recíproco e cooperação, atos dessa natureza não voltem a se repetir", diz a nota do governo do Paraguai entregue ao Brasil.
A imprensa do Paraguai acusou veemente os policiais militares do BPFRon pela ação que colocou em risco os oficiais paraguaios.
Reuniões estão marcadas na segunda-feira pela manha para definir detalhes do confronto, momento em que será apresentado o resultado da perícia feita nos veículos da Marinha Paraguaia alvejados com tiros possivelmente disparados pelo pelotão C.O.B.R.A.
Redação Catve.com