Operação contra caça é deflagrada em Boa Vista da Aparecida

Ainda era madrugada quando os policiais receberam as últimas instruções para a terceira etapa da Operação Rodendia. O alvo eram caçadores que atuam na área do Parque Nacional do Iguaçu. A investigação começou em outubro do ano passado a partir de denúncias anônimas e reuniu equipes dos batalhões do Oeste, Sudoeste e de Curitiba. "Essa operação é nada mais nada menos que retirar caçadores da região que ainda não entenderam que o resto que sobra da nossa natureza é pouco ainda. Hoje o Paraná tem apenas 7% da sua mata nativa onde se encontram esses animais, e essas pessoas tem esse instinto assassino de caça que elas não precisam". Os 14 mandados de prisão foram cumpridos em Boa Vista da Aparecida, Capitão Leônidas Marques e Nova Prata do Iguaçu. Além da revista pessoal nos suspeitos os policiais fizeram uma varredura nas casas e nos quintais em busca de armas, munições e outras pistas. A maior dificuldade para atuação na área rural é justamente o tamanho das propriedades, os caçadores não usam a própria casa como esconderijo, mas sim locais maiores. Em uma propriedade em Capitão Leônidas Marques apreenderam uma espingarda calibre 12, munição e muitos cartuchos deflagrados, roupas camufladas e carne de perdiz. O proprietário afirmou que já pediu o registro da arma que está vencido e negou a prática da caça. Um detalhe que chamou atenção dos policiais foram os dois cachorros no pátio da raça perdigueiro americano, conhecidos pelo faro apurado são muito usados na caça ilegal. Mesmo sem a confissão as apreensões foram suficientes para comprovar o crime. O balanço parcial é de seis presos, 12 armas longas apreendidas, lunetas, um silenciador, 11 pássaros, incluindo um tucano, carnes e muita munição. O trabalho ainda não foi encerrado e novas etapas ainda podem ser deflagradas a qualquer momento.

Jornal da Catve 1ª Edição