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PF faz operação contra quadrilha especializada na lavagem de dinheiro

Mandados estão sendo cumpridos em 4 estados brasileiros


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A Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram a Operação Bemol para desarticular uma organização criminosa especializada na lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Estão sendo cumpridos mandados de prisão e de busca em cidades do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. O grupo criminoso utilizava contas bancárias de 87 empresas para receber vultosos valores de pessoas físicas e jurídicas, interessadas em adquirir mercadorias, drogas e cigarros provenientes do Paraguai, de diversos Estados brasileiros. Eles movimentavam R$ 600 milhões. O grupo era responsável por conferir aparência lícita a recursos financeiros de origem criminosa e remeter esse mesmo dinheiro "sujo" ao Paraguai. Além dessas atividades, para atender as exigências de "doleiros" paraguaios, a organização criminosa também era responsável por transferir parte dos ativos ilícitos para contas bancárias brasileiras controladas por tais "doleiros". A operação foi batizada de Bemol por possuir o mesmo propósito da Operação Sustenido, deflagrada há menos de um ano pela Polícia Federal e pela Receita Federal em Foz do Iguaçu, que desarticulou organização criminosa especializada na prática dos mesmos delitos investigados na Operação Bemol. A expressão Bemol é uma referência à teoria musical, visto que tanto o sustenido quanto o bemol representam uma nota intermediária entre duas outras notas musicais. O papel das organizações criminosas descortinadas pelas Operações Sustenido e Bemol era o de fazer a ligação entre traficantes de droga, cigarreiros e empresários brasileiros, com os fornecedores de tais produtos residentes no Paraguai. Os dois grupos criminosos desarticulados pelas referidas Operações representavam o elo entre criminosos brasileiros e paraguaios, ou seja: representam o semitom sem o qual a sinfonia não pode ser tocada. O trabalho realizado pela Polícia Federal e a Receita Federal demonstrou que o combate à lavagem de dinheiro e à evasão de divisas deve ser uma constante na tríplice fronteira. Evidentemente, a droga, o cigarro e outros ilícitos procedentes do Paraguai não vêm para o Brasil gratuitamente. Os fornecedores paraguaios enviam seus produtos ilícitos para o Brasil depois de serem pagos para isso. As organizações criminosas desarticuladas pelas Operações Sustenido e Bemol eram responsáveis por garantir o pagamento dos fornecedores paraguaios. Sem dúvida, aniquilando-se esse tipo de grupo criminoso, dificulta-se a transferência de recursos financeiros de origem espúria para o País vizinho e, por consequência, inviabiliza-se a remessa de artigos ilícitos do Paraguai para o Brasil. Mais detalhes da Operação, além de material de mídia, serão divulgados em entrevista coletiva que será concedida à imprensa na Delegacia de Polícia Federal em Foz do Iguaçu, às 10h30.

Redação catve.com/Cascavel com assessoria

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