Cotidiano

Óleo de cozinha é aproveitado para produção de Biodiesel

Acadêmicos de Palotina utilizam óleo para projetos de sustentabilidade


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Ele é um vilão do meio ambiente. Um único litro de óleo de cozinha pode poluir até um milhão de litros de água, o suficiente para uma pessoa consumir do nascimento até a adolescência. E o consumo do produto não para. Só nesta panificadora no centro de Palotina, são gastos dez litros por semana. O que sobra das frituras vira sabão, usado na limpeza do estabelecimento. Outras empresas da cidade do ramo de alimentação seguem a mesma tendência. No restaurante de Adriana o produto não vira sabão. Mas também não vai para o ralo da pia. "Nunca, jamais, porque vai dar um dano danado". O tema saiu da cozinha e virou assunto de sala de aula quando a Universidade Federal do Paraná criou um laboratório experimental que transforma o produto em biodiesel. Você sabia Dagna, que dessa fritura o que sobra vira combustível de caminhão? "Não sabia. Acho super interessante, pois é algo que seria um resíduo e gera um outro produto", diz a estudante. Nota 10,0 Dagna. Com um pouquinho de química, a proteína vegetal que poderia poluir rios e mares vira combustível, que pode ser até 50% menos poluente do que o diesel comum, feito com petróleo. O produto não possui enxofre e libera menos CO2 na atmosfera. Antes de coletar o óleo em restaurantes, os universitários passam nas escolas pedindo doações e conscientizando os estudantes. "Pra mostrar pra eles os problemas que o óleo pode causar", diz o técnico Thompson Mayer. O conteúdo não está no livro de ciências, mas foi integrado as aulas da professora Marinês. "Não pode jogar de jeito nenhum, nem na fossa", fala a professora Marinês Delai. No laboratório o material é separado. O óleo mais ácido, aquele que foi aquecido várias vezes vira sabão. O restante do produto é matéria prima para o biodiesel. Uma empresa de transporte estudantil decidiu testar o produto e concluiu que além de menos poluente, ele rende mais do que o diesel convencional. "A diferença a gente já vê no consumo". Quase um quilômetro a mais por litro consumido. Hoje o óleo diesel vendido nos postos já possui 7% de biodiesel misturado, mas estudos como estes, com resultados positivos, podem expandir estes números. Motivo de orgulho para Eveline, que é bolsista do projeto e quer se especializar na área de energias renováveis. Eveline que é bolsista do projeto se diz muito gratificada em poder fazer parte de algo que ajuda no Meio Ambiente.

Jornal da Catve

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