Quando os casos chegam no Centro Regional de Atendimento Pedagógico Especializado no Núcleo Regional de Educação, os pais não sabem do comportamento das adolescentes.
O problema está disseminado nas redes sociais e em vídeos que mostram as cicatrizes da automutilação, e esta não é uma realidade distante.
Os colégios estaduais Marcos Carlos Schuster e Eleodoro Ébano Pereira estão enfrentando uma epidemia de adolescentes envolvidas com a prática. "Estamos orientando os alunos, conversando com os pais para que tenha o diálogo".
Os jovens fazem as feridas utilizando os próprios materiais escolares, como o compasso, ou a lâmina do apontador. Os cortes iniciam leves e superficiais, e com o tempo passam a serem maiores e mais profundos. Cerca de dois novos casos chegam ao NRE por semana. "As histórias vem de uma família desestruturada, de abusos, vínculos afetivos, e também são acometidas pela sociedade contemporânea por desejos que não são realizados".
Em casos isolados a formação ou até a personalidade sofrem influência dos colegas e assim se tornam multiplicadores do perigo. Professores e diretores estão atentos ao que ocorre nas salas de aula. "Estamos com palestra com o pessoal do posto de saúde, os médicos vão até a escola, além de psicóloga".
O primeiro diagnóstico pode ser feito em casa pelos próprios pais que devem prestar atenção em machucados e cicatrizes.
Jornal Catve 2ª edição
** Envie fotos, vídeos, denúncias e reclamações para a equipe Portal CATVE.com pelo WhatsApp (45) 99982-0352 ou entre em contato pelo (45) 3301-2642