Justiça cobra explicações sobre situação das famílias no Jardim Gramado

O prazo para dar esclarecimentos à Justiça é de 15 dias. A prefeitura de Cascavel, a Câmara de Vereadores e a COHAPAR, terão que dar respostas sobre a atual situação da área ocupada por membros do Movimento Nacional de Luta pela Moradia. Cerca de 200 famílias vivem irregularmente em um terreno no Jardim Gramado, região norte da cidade. O chefe do Escritório Regional da COHAPAR disse que recebeu a cobrança da justiça ontem e já encaminhou à procuradoria jurídica em Curitiba para definir o que será respondido, segundo ele, a COHAPAR cumpriu os acordos feitos com o município em 2009 quando alguns dos habitantes foram transferidos para outra área. A ocupação aqui aconteceu em 1999, há 15 anos, dez anos depois boa parte das famílias que moravam foram transferidas para o Sanga Funda, mas a chegada de novos membros ao decorrer dos anos impediu a reintegração de posse, porque o local não pôde ser desocupado. O líder do movimento Sílvio Gonçalves admite que a entrada de pessoas não foi contida, mas ele cobra ação do Poder Judiciário sobre o descumprimento de acordo por parte do município com a estrutura disponibilizada pela prefeitura do Projeto Habitacional Sanga Funda. A área pertence à empresa Transcontinental Empreendimento Imobiliários e Administração de Créditos LTDA. A empresa doou o terreno ao município que ficou responsável pela construção das casas. Os esclarecimentos devem auxiliar o juiz Felipe Muller da 2º Vara Cível a determinar ou não o cumprimento da reintegração de posse. A câmara de vereadores ainda não se manifestou a respeito e a prefeitura afirma que já tem conhecimento sobre a cobrança de explicações e deve aguardar análises para se pronunciar.

Jornal da Catve