Produtores rurais ficam 16 horas sem energia elétrica

As mudinhas estavam com sede, que teve que ser matada manualmente. Se tudo estivesse certo a água seguiria por um sistema elétrico que bombeia o líquido entre os canteiros, ou ainda que o distribui para uma mangueira. Porém, sem energia elétrica desde a meia noite o serviço precisou ser feito com regador. "A gente trabalha bem mais, a gente molha e daqui a pouco está tudo seco de novo". A força braçal não foi o bastante para evitar os danos. A produção das hortas na colônia Esperança em Cascavel ficou prejudicada. As plantadas pelo método convencional na terra até conseguirão resistir. Já o cultivo hidropônico nas estufas, ressecou das mudas às plantas prontas para colheita. "O mercado vai perder uma verdura fresca, e aqui o dia foi perdido". No sistema a água circula há cada 15 minutos nas bandejas de plantas. Não a força tarefa que consiga molhar centenas de milhares de pés nesta velocidade. Com o sol da tarde a degradação foi acelerada. Resultado: perda de metade das mudas e atraso no processo das plantas maiores. Por volta das 16h a luz retornou e o motor voltou a funcionar. A água voltou a circular na tentativa de salvar o que sobrou. Há alguns quilômetros do local, na Colônia Sapucaia, o leite só não foi jogado fora porque o leiteiro chegou a tempo. "O leiteiro que acolhe sempre. Quando acaba a energia a gente liga pra eles para o socorro". Mas foi no limite, por pouco 1,2 mil litros de leite teriam que ter sido descartados. Mesmo com a volta da energia elétrica permanece a reclamação dos produtores, porque esse episódio não foi isolado. "Choveu estamos sem energia elétrica, e dependemos dela. Se trovejar em SC aqui fica sem energia".

Jornal Catve 2ª edição