Cotidiano

Tablets na sala de aula: problemas inviabilizam uso em algumas escolas

Escolas sem estrutura digital adequada inviabilizam projeto


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Cada professor do Colégio Estadual Júlia Wanderley recebeu um tablet. O programa nacional de Tecnologia Educacional disponibilizou a Secretaria Estadual de Educação 1.080 dispositivos para diversos colégios do Paraná. O objetivo a princípio seria promover a inclusão digital e modernizar o sistema de educação. De acordo com o Núcleo de Educação de Cascavel o governo pagou R$ 276 para os tablets de 7 polegadas, e R$ 462 pelo de 10 polegadas. O problema é que os professores mal ligaram os aparelhos. "Se tivesse internet na sala, se os alunos tivessem tablets poderiam usar, mas como tenho a minha ferramenta de trabalho eu não uso". A professora disse que não achou uso efetivo para os aparelhos e que prefere usar o notebook. Já Adriana, professora de Filosofia, até tentou uma forma de utilizar os dispositivos em sala de aula, mas não deu certo. "Quando nós na verdade recebemos o tablet surgiu estudos de como plugar na tv, porque a tv não reconhece ele diretamente, o arquivo, e fizemos uma busca, há um cabo para plugar. E a utilização do visor, você tem que projetar a imagem em outro local". Outra reclamação é quanto ao uso da internet. Segundo eles a necessidade que os aparelhos tem de se conectar a uma rede não é compatível com a estrutura digital da escola. A internet utilizada na escola é bancada pela Associação de Pais, Mestres e Professores e não atinge todas as salas. O ideal segundo os professores é utilizar a internet do programa Paraná Digital oferecida pelo governo, mas aí outro problema. A internet é muito fraca e funciona em pontos isolados. O diretor afirma que por causa da falta de estrutura da escola, uma má qualidade da internet por exemplo os aparelhos se tornaram inúteis. "A intenção do governo era uma intenção positiva, possibilitar que o professor tivesse acesso a tecnologia. Mas antes disso o governo deveria ter pensado em remodelar e dar estrutura para que os aparelhos fossem usados". O NRE afirma que o objetivo dos aparelhos por enquanto não é proporcionar atividades educativas aos alunos, mas sim fazer com que o professor esteja mais atualizado com as tecnologias. "Os tablets estão aí para que ele tenha a inclusão, que ele possa ampliar seus espaços de pesquisa. Além de ampliar os espaços de pesquisas virtuais também pode ampliar fisicamente esses espaços, em casa, no shopping, numa clínica". Sobre o uso dos dispositivos em sala ela afirma que um curso de capacitação está sendo oferecido aos professores. "Primeiro ele precisa se capacitar, dominar a tecnologia para depois ser usada. Não adianta equipar as salas se o professor não dominar a ferramenta".

Jornal da Catve

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