A tarde foi menos movimentada que o atual no Hospital Universitário. A notícia da contaminação na unidade por uma superbactéria mudou a rotina e até mesmo, o fluxo de pacientes. SAMU e Siate receberam a instrução de não fazer encaminhamentos para HU.
Nesta manhã (23), a direção do hospital reuniu a imprensa para tratar do assunto. Uma paciente de 20 anos de idade está infectada com a bactéria. A descoberta foi feita após um exame de urina, na segunda-feira. Ela está no HU desde o último dia sete, com hepatite e após interromper o tratamento, desenvolveu um quadro de cirrose.
Ainda não se sabe onde a paciente contraiu a bactéria, porém, o que chama a atenção é de que além do HU ela também passou por outras unidades de saúde como UPAs.
No HU, a jovem passou por três setores, sala de emergência, UTI e ala de clínica médica e cirúrgica. Todos estão isolados e não devem receber mais pessoas, por enquanto.
Os vinte pacientes e os funcionários que tiveram contato com a garota estão sendo monitorados, mas a direção já descarta que outros estejam infectados. A bactéria é chamada de KPC e segundo o Dr. Lísias Tomé, é resistente a vários antibióticos e de difícil tratamento.
É a primeira vez que o HU registra a presença de KPC, porém, em outros estados brasileiros ela já foi detectada.
As visitas não estão proibidas, no entanto, ao invés de dois visitantes, a recomendação é para que entre apenas um por paciente. O alerta é para que as pessoas só busquem o hospital em extrema necessidade.
A contaminação se dá de forma direta, no contato entre pessoas ou com materiais infectados. Uma família que tinha um parente há 14 dias internado decidiu transferi-lo antes mesmo da cirurgia.
Já durante a noite de ontem (22), casos de alta complexidade não estavam sendo atendidos, por isso uma vítima de uma acidente de trânsito ficou três horas em frente ao Pronto Socorro aguardando atendimento.
Pela manhã, janelas e paredes foram lavados e os funcionários da limpeza se preocuparam com macas, colchões e lençóis. Apesar do sinal de perigo, segundo o diretor, não há motivo para pânico.
Nesta tarde (23), o hospital São Lucas informou que também detectou a bactéria KPC em um paciente vindo de Francisco Beltrão. Ele está isolado e passa por tratamento. Todos os procedimentos para conter a propagação foram tomados e o atendimento está normalizado.
Jornal da Catve 2ª Edição