Cotidiano

Réu de julgamento por crime de trânsito é condenado

Stivens Ronald foi condenado por tentativa de homicídio qualificado


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Um ano e meio depois as marcas do acidente ainda estão no corpo de Fernado Fidélis. Na memória, guarda com detalhes o momento que mudaria a vida dele, no dia 20 de março do ano passado. Ele já passou por sete cirurgias e está com a oitava marcada, trancou a faculdade e largou o emprego. No banco dos réus Stivens Ronald Hermann Laurindo, de 36 anos acusado de ter provocado o acidente e ainda de estar embriagado. Durante seis horas, os sete jurados, escolhidos entre pessoas comuns, ouviram defesa e acusação argumentaria. A primeira denúncia apresentada era de lesão corporal, o promotor Eduardo Labruna assumiu o caso e a modificou para tentativa de homicídio qualificado, porque impossibilitou a defesa da vítima. A decisão do júri foi unânime pela condenação. Stivens que chegou a ficar seis meses detido cumprirá a pena no regime semiaberto. "Desde o começo do júri eu falei que a pena iria ficar entre 7 e 8 anos, é uma pena boa, no regime semiaberto, infelizmente no Paraná não tem vaga". Quando questionado pelo juiz, se queria recorrer da sentença Stivens sinalizou que não, porém a defesa dele pretende insistir por considerar a interpretação errada. "Nenhum outro acidente de trânsito foi levado a essa tentativa de homicídio doloso". Acadêmicos de direito acompanharam o júri histórico, consideram a pena exemplar. "Pode ser uma nova expectativa de novos casos que aconteçam do mesmo nível". Outros acidentes que resultaram até mesmo na morte das vítimas não tiveram o mesmo fim. Em setembro de 2002 a menina Rafaela de quatro anos foi atropelada no quintal de casa por um veículo desgovernado, a denúncia chegou a ser apresentada como homicídio doloso contra o condutor Jonas Antonio Marini, porém o Tribunal de Justiça do Paraná desqualificou o crime por falta de provas. Em junho de 2011, Vanessa Moura na BR 369, ela estava na garupa de uma motocicleta, atingida violentamente por um Camaro dirigido por Vilson Pillati, indiciado por homicídio culposo. Flávio Rota morreu aos 27 anos em 1999, um menor o atropelou. O adolescente Eduardo Sbaraini respondeu na Vara da Infância e Juventude e o pai respondeu por crime culposo. Em 2007 Thiele de Castro, 20 anos morreu atropelada dentro de um bar, a condutora Carmem chegou a ficar presa e hoje responde em liberdade por homicídio culposo. No julgamento de Stivens, a vítima não ficou tão satisfeita com o resultado, porém acredita que essa seja uma mudança sobre dirigir embriagado. "Agora vai servir como exemplo pras outras. O pessoal vai pensar antes de beber e depois dirigir". "Não pode trabalhar como trabalhava antes, no plano estético também, a perna ficou destruída e talvez não volte ao normal nunca mais".

Jornal Catve 2ª edição

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