Irregularidades no Hospital Santa Catarina foram constatadas em abril

A interdição de três salas do centro cirúrgico e da central de esterilização de materiais foi determinada depois de mais uma vistoria da vigilância sanitária ao Hospital Santa Catarina. A direção tinha um prazo para adequar os espaços, mas não cumpriu o acordo assinado há quase dois meses com a Secretaria de Saúde e a 10ª Regional. As irregularidades na estrutura foram contatadas ainda em abril, quando a unidade hospitalar solicitou a renovação da licença sanitária. Na época o relatório dos fiscais apontava mais de 100 problemas, alguns considerados graves e que poderiam oferecer risco aos usuários, por isso ficou temporariamente proibido de receber pacientes. Após a adequação de 53 itens prioritários e o compromisso de reparar os outros problemas dentro do prazo estabelecido, o Hospital foi liberado para retomar os atendimentos, mesmo assim, a central de leitos não fazia mais encaminhamentos para o hospital Santa Catarina. O hospital enfrenta uma grave crise financeira há anos, depois de um processo fracassado da recuperação da justiça do trabalho, a direção tenta se reerguer financeiramente na justiça comum. A dívida acumulada é de R$ 20 milhões, entre a Fazenda Pública, trabalhadores e fornecedores, situação considerada praticamente irreversível pelo diretor da 10ª Regional de Saúde, que lamenta o prejuízo à saúde pública. Como a interdição é restrita, outros setores do hospital podem funcionar normalmente, assim como a UPA pediátrica que utiliza parte da estrutura física do Santa Catarina, outros prazos para readequação ainda estão em vigor, mas se não cumpridos podem resultar em novas interdições.

Jornal da Catve