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Greve geral ganha força e mobiliza trabalhadores em Foz

Concentração para o ato unificado acontece no Bosque Guarani


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Aumenta a cada dia o número de categorias que decidem aderir à greve geral, marcada para a próxima sexta-feira (28) em Foz do Iguaçu. Cerca de trinta entidades sindicais, movimentos sociais, organizações estudantis e populares participam do dia nacional de paralisações e protestos. O movimento é contra as reformas da Previdência e da lei trabalhista, propostas do governo de Michel Temer (PMDB) que começam a ser votadas no Congresso Nacional. Os sindicatos intensificam as assembleias, que devem acontecer até no dia da greve. Pelo menos 16 categorias já aprovaram paralisação das atividades e outras farão interrupções parciais. Participam das mobilizações servidores públicos municipais, estaduais e federais, comerciários, policiais rodoviários, bancários, eletricitários, rodoviários, profissionais do turismo, policiais federais, engenheiros, trabalhadores rurais, entre outras categorias. A greve nacional é convocada por nove centrais sindicais. Em Foz do Iguaçu, os sindicatos de trabalhadores promovem a mobilização em conjunto. O objetivo é impedir as mudanças na legislação trabalhista, que implicam em perda de direitos e fragilizam as futuras negociações entre patrões e empregados. A paralisação visa frear a reforma da Previdência, que prevê a elevação do tempo de contribuição e da idade para a aposentadoria, além do fim de benefícios. "Os trabalhadores estão unidos contra as reformas, pois o governo quer transferir o custo da crise para quem trabalha e produz", aponta Cátia Castro, secretária de Formação da APP-Sindicato/Foz. ?As mudanças não geram emprego, só empobrecimento, exploração dos trabalhadores e retiram a proteção e a seguridade mínimas da população. A aprovação das reformas significa atrasar o país por muitas décadas?, enfatiza. Quem vai parar Os trabalhadores dos Correios foram os primeiros a cruzar os braços. A categoria aprovou greve por tempo indeterminado a partir de 26 de abril. Os servidores públicos da Prefeitura Municipal participam da greve geral no dia 28 com a interrupção dos serviços públicos em escolas, centros de educação infantil, áreas da segurança, saúde e administração. Os educadores da rede estadual paralisam as atividades nas escolas de ensino fundamental e médio. Professores, agentes universitários e técnicos-administrativos das universidades públicas de Foz do Iguaçu suspendem as atividades durante a greve. A paralisação inclui servidores da Unioeste/Foz, Unila e IFPR. Os eletricitários paralisam as atividades na Itaipu Binacional, acompanhados dos engenheiros da empresa. Os servidores da Copel cruzam os braços e os funcionários de Furnas fazem assembleia na manhã de 28 de abril, no portão da central elétrica. Os trabalhadores rodoviários, categoria que abrange motoristas e cobradores do transporte coletivo, suspendem o trabalho durante o dia nacional de greve. Agentes penitenciários, servidores do Poder Judiciário, agentes públicos do INSS, policiais rodoviários federais e policias federais paralisam as suas funções. Em Foz do Iguaçu, estudantes e trabalhadores rurais também participam da greve geral. Ato conjunto Além da paralisação dos postos de trabalho e serviços públicos, as entidades sindicais iguaçuenses promovem o ato unificado da greve geral. A concentração acontece no Zoológico Bosque Guarani, a partir das 8 horas, com várias atividades programadas no local da paralisação. Depois do ato público, o movimento seguirá em passeata pela cidade.

Assessoria

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