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Blocos querem proibir músicas de funk com apelo sexual no carnaval

Para muitos as letras refletem e reproduzem preconceito, discriminação e ações criminosas


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A proibição de marchinhas de carnaval que são consideradas politicamente incorretas, abriu outras discussões sobre o conteúdo das letras de funk com forte apelo sexual. Desde a década de 60 a "Cabeleira do Zezé" é sucesso no carnaval, mas neste ano muitos blocos de rua do Rio de Janeiro e São Paulo vetaram músicas que possam sugerir alguma forma de preconceito ou violência. O refrão da música "deu onda", fanqueiro MC G15 foi alterado para tocar nos rádios e na televisão, a versão original com forte apelo sexual de fato não teria chance nos veículos de comunicação, mas essa faz sucesso nos bailes. O funk está cheio de exemplos assim, músicas do chamado "proibidão", que caem na boca do povo e que refletem e reproduzem preconceito, discriminação e ações criminosas. " Primeiro a gente tem que ver que tanto o funk, quanto o carnaval são manifestações culturais. É claro que muitas letras de músicas tem déficit de linguagem, mas isso ai não é uma coisa especifica do funk, tem o sertanejo, tem o axé, mas isso se deve também a época que a gente vive em que se valoriza muito mais a imagem do que o conteúdo", diz o professor de sociologia Rodrigo Silva. MC Beto disse que sempre são as letra proibidas que garantem o sucesso do fanqueiro. "Se você entrar com qualquer coisinha você corre até o risco de ser vaiado, então tem que ir com outra vibe, mas eu procuro não cantar nada explicito".

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