Comissão vai apontar falhas e irregularidades na Cettrans

Foi publicada no Diário Oficial do Município de hoje a criação de uma comissão especial, que vai apontar possíveis falhas e ou irregularidades nas reclamatórias trabalhistas propostas nos anos de 2015 e 2016 contra a Cettrans. A Comissão terá um prazo de 60 dias para apresentar o resultado dos trabalhos à Presidência da Cettrans. A criação da comissão é a primeira medida prática depois da coletiva de imprensa de ontem, em que o Prefeito Edgar Bueno disse ter se arrependido em não ter acabado com a Companhia em 2009. Com gasto em folha de pagamento de R$ 750 mil, e R$ 1,8 milhão em ações trabalhistas pagas na última administração da Cettrans, o órgão está com dificuldades para manter as contas em dia. O cenário atual da Cettrans já apontava para uma dificuldade financeira há um bom tempo. O ex-assessor jurídico Ademir Jesus da Veiga, exonerado nesta semana, já havia antecipado o problema há dois anos. O parecer, inclusive, foi publicado na revista jurídica em abril de 2014. Na época, ele destacou a possiblidade de demissão imotivada de funcionário público da administração indireta para evitar a falência da Cettrans (Companhia de Engenharia de Transporte e Trânsito) de Cascavel. A Companhia foi criada por lei municipal em junho de 1993 como Trancol. A finalidade era de gerenciar o transporte coletivo e a engenharia de tráfego. Depois mudou para CCTT (Companhia Cascavelense de Transporte e Tráfego) até virar Cettrans em 2006, tendo alteração estatutária, porém manteve finalidade. Ainda de acordo com artigo e conforme a Constituição Federal de 1988, a exploração de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando for necessária para segurança nacional e interesse coletivo deferidos em lei. Como empresa pública de economia mista, a Cettrans fica com as mesmas obrigações de direitos trabalhistas e tributários, ou seja, poderia através de um plano de demissão ter resolvido o problema.

Jornal Catve 1ª edição