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Após 12 dias internado, haitiano deixa UPA por precariedade no atendimento

Trabalhador tem um quadro grave de infecção e cansou de esperar por uma vaga no hospital


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Charly Fenelou é haitiano, está no Brasil há cinco anos e trabalha na área de carregamento de uma cooperativa de Cascavel. Há dois meses ele começou a sentir dores na lateral do tórax e que resultou no crescimento de algo parecido com uma bola de gordura. O problema é a falta de médico especialista para o caso, pois a marca na pele resultou em uma infecção que chegou ao coração. O amigo brasileiro Rogério Silva é quem tenta conseguir um tratamento adequado, ele já chegou a ir Defensoria Pública da cidade para procurar ajuda. 12 dias internados na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Brasília, quatro deles sem se alimentar. Depois disso, Charly decidiu sair, pois a sujeira na unidade, aliada a falta de atendimento, fez o seu quadro piorar. Rogério conta que até as necessidades fisiológicas o haitiano fez na roupa, mas ninguém o socorreu. A situação do haitiano só piora. A cidade natal dele foi desvatada por um furacão que atingiu o país recentemente, a família está desabrigada e ele é a única fonte de renda. Por nota, a Secretaria de Saúde informou que Charly foi orientado a não deixar a unidade, porque a situação dele era delicada. O paciente estava aguardado internamento hospital e como não houve liberação decidiu sair. O documento também informa que o paciente só deveria permanecer no máximo 24 horas na UPA Brasília. Já quanto a vaga hospitalar, a Secretaria de Saúde informou que não houve liberação por parte da 10ª Regional de Saúde.

Jornal da Catve 2ª Edição

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