Limão e banana surgem como vilões nos supermercados

Os irmãos Eduardo e Chicão são conhecidos vendedores de caldo de cana em Cascavel. Eles têm o ponto na Rua Manaus, ao lado do Parque Vitória, e sabem quanto pesa no bolso o preço do quilo do limão. Para fazer o caldo de cana, o limão precisar ser novo, bem verdinho, por isso os irmãos adquirem em média seis quilos do fruto por dia. Na temperatura atual, em fins de semana, são quase 25 quilos. Eduardo, que já chegou a pagar R$ 10 pelo quilo do limão, diz que não dá para repassar o preço aos clientes. "A gente tenta segurar o preço, porque o valor do limão oscila muito, tem vez que está R$ 3 como já chegamos a pagar R$ 10", lembra o vendedor. Não é apenas o limão o grande vilão dos consumidores. A banana mais popular, a caturra, é vendida a R$ 4,79 o quilo e a banana maçã chega a quase R$ 7. Na sequência surgem o tomate e a batata doce que também estão com preços altos. A clima e o fenômeno El niño contribuem para essa alta dos preços. "A lei é da oferta e da procura. Se não tem limão para ofertar a tendência é o preço subir. Toda a chuva no início do ano e a safra que não pode acontecer fora do período normal refletiram no preço", explica o engenheiro agrônomo. A previsão é de que nos próximos dois meses o preço do limão tenha uma redução nos supermercados.

Jornal Catve 2ª edição