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Unicamp fará testes rápidos para detecção de zika

Trabalhos devem ser iniciados a partir da próxima semana


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A partir da próxima semana, a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) vai passar a receber amostras e fazer testes rápidos de detecção do zika vírus. Clarice Arns, professora do Instituto de Biologia e coordenadora da na força-tarefa criada entre laboratórios e as três universidades paulistas para estudar o vírus, disse nesta quarta-feira que o teste fica pronto em torno de cinco ou seis horas, mas ele só detecta o vírus ativo, ou seja, quando ele está no organismo e a pessoa já apresenta os sintomas da doença. As amostras para o teste são coletadas a partir da saliva, urina ou sangue do paciente e podem detectar, além do vírus Zika, também a dengue e o chikungunya. O Hospital das Clínicas da Unicamp será um dos órgãos que fará a triagem e irá encaminhar as amostras para serem analisadas pelos pesquisadores da Unicamp. Para a coordenadora, a vantagem desse teste sobre os demais, principalmente sobre a sorologia, é que "ele é específico e rápido". ?Imagine uma mulher grávida, com sintomas, e que quer saber se está com zika ou não. Nós teremos como verificar isso?, disse. ?O indivíduo que está doente tem o direito de saber o que ele tem. E também é importante, em termos epidemiológicos, que o Brasil saiba o que está ocorrendo e só com esses dados na mão é que as autoridades vão tomar uma posição mais clara e evidente, soltando mais verbas para a pesquisa ou o diagnóstico da doença", acrescentou. Rede Zika Criada no final do ano passado, a força-tarefa ou Rede Zika, como vem sendo chamada, reúne dezenas de laboratórios no estado de São Paulo para buscar entender o funcionamento do vírus que provoca o zika. A rede integra também as três universidades paulistas: Unicamp, Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual Paulista (Unesp). Ela é coordenada pelo professor Paolo Zanotto, do Instituto de Ciências Biomédicas da USP. Para Clarice, a criação dessa rede foi fundamental para buscar uma solução para o problema do zika vírus no país. Segundo ela, isso ocorreu em raras oportunidades no Brasil. ?Essa questão da microcefalia [que pode estar relacionada ao zika vírus] tocou a todos nós. Há pouco tempo, eu não trabalhava com esse vírus e hoje estamos com tudo preparado [para estudá-lo]. Nossos alunos de pós-graduação estão deixando de fazer seus trabalhos para essa força-tarefa?, falou. Teste em outras áreas do país Segundo a pesquisadora, o teste para detecção de zika não é exclusividade da Unicamp. Diversas universidades e laboratório em todo o país já estão realizando testes para a detecção de zika. "Não é só aqui que está sendo feito. Está sendo feito na Fiocruz, na USP, na Unesp, no Instituto Butantan, no Instituto Evandro Chagas, entre outros".

Agência Brasil

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