Moradores de Santa Tereza do Oeste esperam moradia

Há meses, famílias de Santa Tereza do Oeste reivindicam a casa própria para a Prefeitura. Na sexta-feira, dia 27, um grupo de famílias tentou invadir um terreno do município, mas foram impedidos pela Polícia. Os moradores já ocuparam outra área, que eles mesmos chamam de "O fim do mundo". O conjunto de barracos foi montado em uma baixa do município. O local ocupado por 16 famílias retrata um problema antigo vivido pelo município em relação às casas populares. Há mais de 100 famílias em situação parecida. Um pouco para cima dos barracos estão às casinhas que começaram a ser construídas pelo município e que contaram até com ajuda dos próprios moradores e das crianças para chegarem do estágio que estão. Mas como dá para ver, as obras estão paradas, juntando mato. Segundo os números do movimento sem teto, faltou material. Essas pessoas há oito anos estavam acampadas à beira da BR-277 e foram trazidas para a cidade com a promessa de um lar. Desde então, foram transferidas de lugar quatro vezes. O grupo aqui era maior, mas metade das famílias foi beneficiada pelo município com aluguel social. A resposta foi de que a Prefeitura vai procurar a Promotoria de Justiça, para conseguir permissão para licitar uma empreiteira, já que, até então, somente dois funcionários do município apenas cuidavam do trabalho. Em uma área próxima integrantes do movimento invadiram os terrenos há seis meses e já construíram as casas. O espaço seria dedicado a casas populares, mas por conta da demorar eles decidiram ocupar, com medo de ficar sem o pedaço de terra. Aqui estão 60 famílias, que prometem não arredar o pé. Na última sexta-feira (27), outras 40 pessoas tentaram ocupar outro terreno da Prefeitura, mas foram impedidas pela Polícia Militar. O motivo foi o sorteio das áreas, que aconteceu há alguns dias. Segundo os relatos, a escolha teria sido feita de forma injusta, pois pessoas que já têm propriedade ou melhores condições financeiras teriam vencido a disputa. Todas as histórias parecidas, de pessoas que esperam um futuro mais digno.

Jornal da Catve 2ª Edição