Cotidiano

Grupos provocam tumulto na Câmara em dia de votação da maioridade penal

Foi permitida a entrada de quem tivesse senha


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Antes mesmo da votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 171/93), que trata da redução da maioridade penal, começar no plenário da Câmara dos Deputados, grupos com posições contrárias ao tema protagonizaram cenas de confusão nos acessos ao Salão Verde e na entrada do anexo II da Casa. No final de tarde, na entrada do anexo II, a Polícia Legislativa utilizou spray de pimenta para dispersar um grupo de manifestantes contrários à redução da maioridade penal. ?Estávamos puxando palavras de ordem, então nos aproximamos e continuamos com as palavras de ordem. Então, um policial nos atingiu com spray. Muita gente passou mal. Então, os gritos se inflamaram mais, mas a polícia foi extremamente truculenta?, explicou Gabriele Van Pelt, integrante da União Nacional dos Estudantes (UNE). Em outro ponto, próximo dos acessos ao salão verde, por volta das 18h, jovens ligados a movimentos sociais e estudantis alegaram terem sido agredidos por um homem favorável à redução da maioridade. De acordo com testemunhas, jovens tentaram impedir que um homem entregasse a senha distribuída pela presidência da Casa, utilizada para acessar as galerias do plenário. A partir de então, houve troca de empurrões. Pelo menos três estudantes alegam terem sido agredidos e registraram ocorrência na delegacia localizada na Câmara. Demorou cerca de dez minutos para a segurança da Casa apaziguar os ânimos e afastar os dois grupos. Gritaria, troca de acusações e empurrões foram o estopim de um desentendimento que começou na escadaria de acesso ao plenário. Munidos de um habeas corpus concedido pela ministra Carmem Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), estudantes tentavam entrar para acompanhar a votação. Os seguranças, no entanto, só autorizavam a entrada de quem portava uma senha. A segurança da Câmara foi orientada pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha, a liberar a entrada apenas para quem tivesse senha. ?Habeas corpus é para transitar aqui [no Salão Verde], plenário é para quem tem senha. Pela garantia da ordem, o critério é para quem tem senha?, disse Cunha.

Agência Brasil

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