Cotidiano

Greve dos professores já atinge até o comércio e o transporte escolar

O movimento na área próxima a Unioeste diminuiu cerca de 70%


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Ninguém entra e ninguém sai do Núcleo Regional de Cascavel e a situação permanecerá por tempo indeterminado. "Esperamos que quem possa dar essa data para voltarmos a normalidade das nossas vidas é o governador, que ele sente e negocie com todos os servidores, ele deve isso, ele deve cumprir a lei da data-base". Paralelo a toda a indefinição estão os reflexos da greve, além de professora, Daniele é mãe de aluna e vive os dois lados da situação. "O que nós ensinaremos aos nossos alunos, que eles não devem lutar? Então não é só uma questão do conteúdo, é uma questão de filosofia, de reflexão, de fazer-se aluno, ser mais político, de mudar a sociedade". A preocupação dos alunos é grande, Yasmin é acadêmica do segundo ano de enfermagem da Unioeste, o número de dias em casa por causa da greve já é maior do que o tempo em sala de aula. A estudante já chegou a pensar em transferir o curso ou até mesmo desistir temporariamente. "Eu desanimei, pensei em trancar, mas é uma estadual então não adianta, é isso, se o governo não fazer a gente tem que esperar mesmo". O setor do transporte escolar também tem sido afetado, o contrato com os pais é de 12 meses, mesmo assim será preciso readequar. "A gente tem que fazer itinerário, cumpre ele agora, só que com uma frota reduzida, e depois em julho ou janeiro vamos trabalhar de novo, mas assim, sem esses alunos do município particular, mas daí com os do estadual, que a gente pararia uns dias para fazer uma revisão melhor no carro, aí a gente não vai poder parar". Em frente a Unioeste até o taxista sente a diferença. "Tá parado, parado tudo, tá bem fraco mesmo". Outro setor que tem reclamado do prejuízo causado pela greve dos professores é o comércio, restaurantes acostumados a servir centenas de refeições durante a semana, em plena segunda-feira está vazio. O movimento na área próxima a Unioeste diminuiu cerca de 70%. "Estamos preocupados, porque estamos vendo muitas lojas fechando aqui na região e nós estamos pensando em quem vai ressarcir o prejuízo do comércio, já estamos questionando isso, porque até uma altura a gente vai tolerando, ninguém cede de lado nenhum e nós não estamos vendo mais nenhum resultado a não ser pessimista e negativo para o comércio da região".

Jornal da Catve 1ª Edição

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