Governo promete descontar dias parados durante greve dos professores
Motivo da aprovação da greve é a tramitação do projeto de lei com alterações no ParanaPrevidência
O Governo do Estado do Paraná determinou o desconto dos dias de paralisação dos professores a partir desta segunda-feira (27) quando recomeça a greve dos docentes nas escolas estaduais, aprovada em assembleia da APP Sindicato, em Londrina, no último sábado (25). O principal motivo da aprovação da greve é a tramitação do projeto de lei com alterações no ParanaPrevidência, que será discutido nesta semana na Assembleia Legislativa.
Segundo a nota do governo enviada à imprensa neste domingo (26), "as eventuais faltas" serão descontadas da folha de pagamento de professores e funcionários com controle de diretores e chefes de núcleo regionais "orientados a fazer as anotações e encaminhar os dados à Secretaria de Estado da Educação do Paraná."Além disso, o governo informa que a Procuradoria Geral do Estado já ingressou com medidas judiciais para decretar a greve "ilegal e abusiva".
O presidente da APP Sindicato no Paraná, Hermes Leão, classificou como "ameaça" o anuncio dos descontos nos salários conforme os dias parados durante a greve dos professores. Ele também disse que o desconto desobriga a categoria a repor os dias de aulas após o fim da greve, o que pode comprometer os 200 dias letivos obrigatórios nas escolas estaduais.
"Desde de sexta-feira, o governo Beto Richa ameaça os servidores com medidas autoritárias. Mesmo sem a instalação da Comissão Geral, mais conhecido como "tratoraço", o projeto de lei tramita em regime de urgência com os professores impedidos de acompanhar as votações e discussões dos deputados", criticou. Segundo Leão, liminar do Tribunal de Justiça (TJ) estipula multa diária de R$ 100 mil caso o sindicato realiza manifestações e bloqueios na Assembleia Legislativa.
O presidente da APP também reclamou do forte policiamento na Casa no final de semana com isolamento da área para coibir os protestos. "O Estado se diz de diálogo, mas não respeita a democracia e os cidadãos. Neste domingo, a direção do sindicato vai se reunir para discutir como as manifestações podem ser realizadas e o departamento jurídico também deve avaliar como recorrer das medidas autoritárias do governo", informou.
Bonde News
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