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Governo promete revogar autonomia das universidades estaduais

Encontro ocorreu ontem (5) em Curitiba com sindicatos


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Os sindicatos unificados das IEES (Instituições Estaduais de Ensino Superior) do Paraná reuniram-se na tarde de quinta-feira (05/03) em Curitiba com o secretário da SETI (Secretaria de Ciência Tecnologia e Ensino Superior) João Carlos Gomes e com o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Luiz Romanelli (PMDB). A reunião, que aconteceu às vésperas da greve em sete universidades paranaenses completar 20 dias, teve como pautas prioritárias a defesa da ParanáPrevidência e a revogação do Decreto 546/2015, que institui uma comissão para elaborar o projeto de autonomia financeira das IEES. Participaram da audiência dirigentes do Sinteoeste (Unioeste), Sinteemar (UEM), Sintespo (UEPG), Assuel (UEL), Sintesu (Unicentro) e representante da Unespar. Após as argumentações dos sindicatos sobre os prejuízos que uma eventual proposta de autonomia financeira traria ao desenvolvimento das universidades públicas e a manutenção da qualidade de ensino, pesquisa e extensão das instituições, o secretário comprometeu em revogar o decreto. Porém João Carlos Gomes afirmou que a revogação dependerá da concordância por parte dos reitores das IEES. Sobre a ameaça à ParanáPrevidência, o deputado Luiz Romanelli garantiu que o governo não enviará para a Assembleia nenhum projeto propondo qualquer alteração da previdência antes do dia 31 de março. ?Nós insistimos que o governo dialogue com o FES [Fórum Estadual dos Servidores] sobre a situação da ParanáPrevidência e mantenha um amplo diálogo para que não sejamos novamente surpreendidos com ataques à nossa aposentadoria?, comentou Gracy Kelly Bourcheid, presidente do Sinteoeste. Ainda conforme Romanelli, o FES será convocado para uma discussão sobre o tema para o próximo dia 13. Ao final do encontro, os dirigentes sindicais ressaltaram que apesar de alguns comprometimentos por parte do governo, ainda não há nada de concreto e que a mobilização deve continuar. "Enquanto o decreto não for revogado em definitivo o financiamento das universidades continuará ameaçado, assim como ainda não temos nenhuma garantia concreta que nossa previdência não será modificada". Para Gracy, esses primeiros comprometimentos são resultado da luta dos servidores técnicos e professores das IEES, porém é preciso manter a união e mobilização até que os compromissos sejam concretizados.

Redação catve.com com assessoria

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