Política

Promessas de mudanças na Câmara se transformaram em escândalos

As notícias que envolvem o legislativo mais parecem página policial


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Eles assumiram os mandatos com a promessa de uma nova política. Há um ano e 9 meses os discursos falavam sobre moralidade, ética e compromisso com a população. "Página virada, vamos estabelecer e mostrar a nossa, o nosso mandato o que pretendemos fazer, quando digo nós, sou eu como presidente e os demais membros da mesa que pensaremos juntos nas ações que entendemos ser necessárias para a opinião pública", Marcio Pacheco. "A gente sente em todos os vereadores o desejo de começarem efetivamente a trabalhar e dar uma resposta positiva a toda expectativa da população de Cascavel", vereador Gugu Bueno. Um novo tempo que até agora não se concretizou. O que vimos até aqui é uma série de escândalos, polêmicas e até possíveis crimes. A confusão já começou na cerimônia de posse. A solenidade formal deu lugar a muito bate boca e ânimos exaltados. Mário Seibert recém empossado foi convidado a se retirar do plenário por estar afastado das funções públicas por ordem judicial. Depois de muita confusão os 21 vereadores se reuniram a portas fechadas e suspenderam a eleição da presidência. A nova ordem da justiça para manter Seibert afastado só apareceu 9 dias depois. Imediatamente o suplente Rui Capelão foi convocado para assumir o cargo, onde está até agora, mas de forma irregular. Há poucas semanas foi divulgada a condenação de Capelão por crime eleitoral, e a perda dos direitos políticos de fevereiro de 2007 a fevereiro de 2015, ou seja, não poderia ter disputado as eleições de 2012 e nem ser diplomado vereador. A presidência da casa não aceitou os dois pedidos para a cassação de Capelão por falta de documentos que comprovem a inelegibilidade. Polêmica que surge em meio a um dos maiores escândalos da política cascavelense, o pedido do pagamento de propina para aprovação de projetos na Câmara. Na gravação divulgada em março deste ano Paulo Bebber pede R$ 500 mil para garantir aprovação do projeto que altera o perímetro urbano da cidade, e que possibilitaria a construção do conjunto Riviera. Bebber e outros envolvidos no caso são investigados pela Polícia Civil e pelo Ministério Público. Na Câmara os colegas absolveram Bebber em uma sessão histórica que durou quase 10 horas. O ainda vereador está preso desde 1º de setembro para não atrapalhar as investigações, já que também é acusado de falso testemunho por orientar depoentes a mentirem. Foi neste momento, um dos mais críticos da casa que se revelou a chamada dança das cadeiras. Apesar de possuir apenas 21 vagas, Cascavel já teve 30 vereadores diferentes. Alguns tinham como objetivo não participar da sessão de julgamento de Bebber, como Gugu Bueno que deixou a vaga por apenas um dia e deixou a vaga para Serginho Ribeiro. Em outro casos o troca-troca faria parte de um acordo partidário. A situação ficou clara quando o acerto do PSD foi quebrado, e o suplente Josias de Souza se sentiu prejudicado por não poder assumir o cargo. A intenção do partido era fazer um rodízio a cada 15 dias ignorando o resultado das urnas, o que é proibido pelo artigo 73 do Regimento Interno da Câmara, que diz que o suplente não pode se afastar sem justa causa, mesmo assim a presença de suplentes nas sessões foi grande. Vanderlei da Silva deu lugar a Irineu Zotti, Jorge Bocasanta foi substituído por Sílvio Gonçalves, Paulo Porto para Professor Paulino, Paulo Bebber tentou escapar do escândalo da propina, Danny de Paula continua na vaga de Robertinho Magalhães, Fernando Winter foi substituído por Lauri Dallagnol, João Paulo por Rafael Brugnerotto e Ganso sem Limite pelo professor Adenilson. Falando em Ganso, ele foi protagonista do mais novo escândalo político, nesta semana ele teve o gabinete e a casa revistados por policiais do Gaeco. O vereador e a esposa são investigados por compra de votos em troca de consultas e atestados médicos. Ganso é conhecido por não se manifestar em plenário e por declarações polêmicas feitas a imprensa.

Jornal Catve 2ª edição

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