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53% da frota não teve manutenção, afirma secretário de administração de Cascavel

Informação foi divulgada durante encontro nesta sexta-feira


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Durante a Escola de Governo implantada pelo prefeito Leonaldo Paranhos nesta sexta-feira (17) o secretário de Administração, Cletírio Ferreira Fleister lamentou a situação dos veículos do município. Ao chegar nos dados que revelavam o balanço das condições da frota atual da Prefeitura o secretário afirmou que 53% dos veículos atualmente estão rodando sem a devida manutenção. Atualmente, a Prefeitura tem 784 veículos. Desses, apenas 292 estão em boas condições de uso e 218 rodam em mau estado de conservação; 80 estão parados aguardando manutenção; 48 irão a leilão, entre outras situações. "Caso precise de uma pastilha de freio, vai rodando até o limite. Quando precisa de troca de óleo, a mesma coisa. Pneus ficam carecas... Não havia manutenção preventiva da nossa frota e o local de trabalho é um verdadeiro descaso, um completo abandono", queixou-se o secretário. "Pedi um recadastramento da frota por secretaria e um gerenciamento diferenciado da mesma, para implantarmos um modelo de frota única na Prefeitura, com agendamento de uso dos veículos. Às vezes estou do outro lado da cidade e vejo um carro da Prefeitura indo e outro voltando. Precisamos otimizar isso. Gastar menos e com mais eficiência", recomendou o prefeito Paranhos, que ainda chamou a atenção sobre o volume de papel utilizado pelo Município, que será reduzido com a integração do sistema: "Fico apavorado com o número de papel que temos que assinar. É outro setor que precisamos otimizar para dar eficiência". Processos parados Outro dado que chamou atenção foi o número de processos que ficaram parados no ano passado, lembrou o prefeito, ao avaliar a explanação do secretário. "Não temos luvas, não temos medicamentos, não temos uniformes [numa referência a processos licitatórios atrasados no período de transição de governo]. Uma administração não pode ficar prejudicada pela transição", ponderou. O levantamento da Secretaria de Administração revelou que em janeiro de 2017 havia 143 processos aguardando parecer na Secretaria de Assuntos Jurídicos. Desses, 71 foram devolvidos até 11 de janeiro para as secretarias sem parecer para que fosse feita uma análise da real necessidade da aquisição/contratação. Reforma do prédio demandará R$, 2,5 mi Outro desafio da Secretaria de Administração é a reforma do prédio do Paço Municipal. Cletírio apresentou imagens do telhado, "que ninguém vê" e que esconde um dos maiores problemas do Paço: goteiras e entrada de sujeira provocada pela presença constante de pombos e morcegos. O custo estimado de uma reforma hoje é de R$ 2,5 milhões, sendo necessários mais de R$ 400 mil para consertar a cobertura do prédio; R$ 30 mil para eliminar as avarias da caixa de água e mais de R$ 100 mil para outro problema gravíssimo que é a substituição do Data Center, uma solução considerada simples, mas urgente para reestruturar o setor de Informática da administração municipal. Limite prudencial Assunto explanado nesta manhã também alertou para outra necessidade na Prefeitura: otimizar a força de trabalho do quadro de servidores, com vistas a manter o equilíbrio financeiro do Município, aumentando a eficiência e a eficácia nos serviços prestados. Atualmente o Município conta com 8.793 servidores lotados, sendo que desses, 7.661 são efetivos; 776 estão em estágio remunerado; 281 são de contratos temporários (teste seletivo) e 75 ocupam cargos de comissão, totalizando um custo mensal da folha de R$ 27 milhões. Em relação à despesa com pessoal o primeiro limite de alerta do Tribunal de Contas do Estado é de 48,6%. O limite prudencial estabelecido pelo Tribunal de Contas do Estado é de 51,3%, segundo a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal). O valor máximo a ser aplicado, pela lei, é de 54%. "Devido a isso, o Município tem o desafio de realizar um planejamento efetivo quanto à necessidade de ampliação do quadro servidores, para não sofrer penalidades como não poder contratar mais, não repor quadro de servidores, não pagar horas extras e, em situação extrema, ter de demitir quem não está em situação de estabilidade", explicou a diretora do Departamento de Recursos Humanos, Vanilse da Silva Schenfert.

assessoria

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