Política

Temer decreta luto oficial de três dias pela morte de Teori Zavascki

Juiz Sergio Moro e membros da Lava Jato lamentaram a morte do ministro do STF


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O presidente Michel Temer veio a público lamentar a morte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki. Em um pronunciamento à imprensa, Temer afirmou que recebeu com "profundo pesar" a notícia do falecimento e decretou três dias de luto oficial como uma "modesta homenagem" a Zavascki que, segundo ele, "tanto serviu à classe jurídica, aos tribunais e ao povo brasileiro". "Neste momento de luto, manifesto eu e minha equipe aos familiares do ministro e demais integrantes do voo, meus sentimentos de pesar. Teori era homem de bem e orgulho para todos os brasileiros", disse o presidente. Temer chegou ao salão onde fez o pronunciamento, no Palácio do Planalto, acompanhado dos ministros da Justiça, Alexandre de Moraes, das Relações Exteriores, José Serra, e da Advogada-Geral da União, Grace Mendonça. Ele lamentou também a perda de um "homem público cuja trajetória impecável ao favor do direito e da justiça sempre o distinguiu". Teori morreu na tarde de hoje em um acidente de avião no litoral do Rio de Janeiro. A aeronave, que partiu de São Paulo, transportava quatro passageiros e caiu próximo a Paraty (RJ). Membro do STF desde 2012, Teori era o relator dos processos relativos à Operação Lava Jato na Corte. Lava Jato O juiz federal Sérgio Moro, responsável em primeira instância pelos julgamentos da Operação Lava Jato, também emitiu nota de pesar pela morte do ministro. "Sem ele, não teria havido a Operação Lava jato", declarou o magistrado. Moro enviou as condolências à família de Zavascki e disse que o ministro foi um "herói brasileiro" e exemplo para todos os juízes, promotores e advogado do país. "Espero que seu legado, de serenidade, seriedade e firmeza na aplicação da lei, independente dos interesses envolvidos, ainda que poderosos, não seja esquecido", disse o juiz em nota. Outros membros da Operação Lava Jato também se manifestaram sobre a morte de Teori. O delegado Marcio Adriano Anselmo, um dos investigadores da operação, disse em sua página no Facebook que o acidente deve ser investigado, mas apagou a publicação minutos depois. "O ministro Teori lavou a alma do STF à frente da Lava Jato, surpreendeu a todos pelo extremo zelo com que suportou todo esse período conturbado. Agora, na véspera da homologação da colaboração premiada da Odebrecht, esse "acidente" deve ser investigado a fundo. Sinceramente, se essa notícia se confirmar, é o prenuncio do fim de uma era", escreveu o delegado. A Procuradoria da República no Paraná, sede da força-tarefa do Ministério Público Federal na Operação Lava Jato, também se manifestou sobre o acidente. "O ministro Zavascki teve uma trajetória profissional marcada pela lisura e pela seriedade. Sua atuação firme na relatoria da operação honrou o Supremo e foi um louvável serviço prestado ao país", diz a nota. A direção do Foro da Seção Judiciária do Paraná da Justiça Federal, na qual o magistrado atuou, se disse "consternada com a notícia" da morte do ministro. "Neste momento de dor, prestamos nossas sinceras homenagens e nosso pesar a todos os familiares de tão honroso jurista, cuja memória será uma constante na história da Justiça Federal da 4ª Região", disse a nota assinada pela diretora do Foro, a juíza federal Gisele Lemke, e pela vice-diretora, a juiza federal Luciane Kravetz.

Agência Brasil

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