Política

Defesa de José Sarney e do senador Romero Jucá questiona Supremo sobre Gravações

Nos diálogos captados por Machado, Jucá fala em pacto para deter as investigações da Lava-jato


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Na tentativa de enfraquecer os argumentos do MPF (Ministério Público Federal) que possam embasar um possível pedido de prisão, defensores do ex-presidente José Sarney e do senador Romero Jucá (PMDB-RR) vão questionar o STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a origem das gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Petição apresentada nesta quinta-feira (09) ao Supremo pelo advogado dos peemedebistas tem como objetivo central tentar anular as gravações feitas pelo ex-dirigente, que realizou delação premiada no âmbito da Lava-Jato. "Precisamos saber se esse delator estava infiltrado com autorização ou pedido de um agente público. Tenho absoluta convicção que o Supremo não autorizaria um delator a gravar o presidente do Senado e um ex-presidente da República no hospital, como foi feito. Partindo do pressuposto que isso foi feito sozinho ou sob a orientação de um agente público, o processo não é só nulo como grave", afirmou o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay. O defensor ressalta que apesar de ter pedido ao Supremo, ainda não conseguiu cópia do inquérito em que consta a delação feita por Machado e a íntegra dos áudios. O vazamento de trecho das gravações foi responsável pela queda de dois ministros do governo interino de Michel Temer. Entre eles o próprio Jucá que ocupou o comando do Planejamento por apenas 12 dias e Fabiano Silveira que deixou a pasta da Transparência, Fiscalização e Controle, no último dia 30 de maio. Nos diálogos captados por Machado, Jucá fala em pacto para deter as investigações. Já Silveira discute estratégias de defesa de investigados da Lava-Jato. Relação O advogado de defesa de Sarney e Jucá considera também que há uma relação no ?modus operandi? feito por ex-presidente da Petrobras e pelo filho de Cérvero, Bernardo, que gravou conversas com o senador cassado Delcídio Amaral (sem partido-MS). Os áudios registrados por Bernardo culminaram na prisão do político ocorrida em novembro do ano passado. Na ocasião, os defensores do parlamentar também recorreram ao STF para tentar anular as gravações. ?Não estou fazendo nenhuma acusação porque primeiro eu quero ter cópia para que eu possa fazer a minha análise. Mas no caso do Delcídio temos conhecimento de que ele foi gravado sendo que existia um procurador por trás. O próprio Cerveró disse, está nos jornais, que a gravação do Delcídio foi sugestão de um procurador?, considerou Kakay

O Sul/AE

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