Política

Pedras da BR 163: audiência de falso testemunho foi realizada

Outros servidores municipais foram intimados a depor, mas acabaram dispensados


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A audiência de instrução aconteceu na 1ª Vara Criminal de Cascavel. Em pauta, o desvio de pedras da BR 163 para as obras do aeroporto municipal, realizado pela prefeitura no início de 2013. O trabalho não pode ser acompanhado pela imprensa. O que está em análise não é a possível retirada sem permissão dos órgãos competentes, mas sim o falso testemunho que duas pessoas teriam dado no caso. Agnaldo Carvalho e Valdecir Silva eram os servidores envolvidos na retirada das pedras. Quando a Câmara abriu a chamada CPI das Pedras para apurar o caso, convocou os dois para serem ouvidos. Foram dois depoimentos de cada, um aberto e outro fechado ao público e, em cada um deles as versões foram diferentes e levaram os dois a se tornarem réus. As divergências estavam no fato do secretário de Obras e vice-prefeito Maurício Theodoro saber ou não da retirada do material. "Minha contribuição foi apenas ratificar o que já havia escrito e apontado no relatório que são algumas contradições, algumas inclusive sérias, em especial a presença ou não do vice -prefeito na retirada das pedras", vereador Paulo Porto. Paulo Porto, que era relator da CPI foi chamado para a audiência como testemunha de acusação, assim como o membro da comissão Paulo Bebber e o presidente da CPI, Cláudio Gaiteiro, que não concordaram com a conclusão do relator na época e apresentaram outro relatório arquivando a denúncia. Porto levou tudo o que levantou ao MP, que abriu a investigação. Bebber afirma que não houve contradições. "O que aconteceu, eles depuseram uma vez e houve outro depoimento, eles no segundo confirmaram o primeiro, não houve uma alteração entre um e outro". O nome no meio desse conflito, Maurício Theodoro também foi testemunha de acusação e, a juíza e a nossa equipe respondeu ao questionamento. "Não estava no local". Maurício apontou ainda que a continuidade desse caso serviu apenas para tumultuar. "Todas as acusações que fizeram, que nós desviamos pedras, que colocamos pedras em várias lugares, nada foi provado. E exatamente as pedras tiradas de lá foram medidas por técnicos contratados, e a mesma quantidade retirada foi colocado no aeroporto de Cascavel", disse o vice-prefeito. "Eu entendo que o MP nunca quer tumultuar e sim esclarecer", diz Porto. Outros servidores municipais foram intimados a depor, mas acabaram dispensados pelo Ministério Público.

Jornal da Catve

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