Na Unidade Saúde da Família do bairro Cascavel Velho o movimento é constante e a desconfiança também.
A saúde virou território eleitoral. O ninho perfeito para busca e compra de votos. No Cisop toda manhã é assim, fila para todos os lados. Para conseguir uma consulta, os pacientes enfrentam uma verdadeira saga.
E saber que o agente que deveria fiscalizar e fazer valer o direito de cada cidadão é quem viola é de fazer qualquer um perder a esperança.
Nossa equipe flagrou na semana passada o vereador Ganso Sem Limite furando a fila do Cisop. No dia seguinte, o Gaeco realizou uma operação no local e apreendeu vários documentos. A reportagem casou com a linha investigatória do Ministério Público.
No âmbito político, na Câmara de Vereadores o assunto ganhou desdobramento. A primeira atitude de Ganso Sem Limite, após a denúncia foi deixar a frente parlamentar de fiscalização da saúde.
Hoje duas pessoas protocolaram a ação para investigação e cassação do mandato do vereador, em anexo, um abaixo assinado com 250 assinaturas.
A expectativa é de que o caso se desenrole rapidamente, já que as provas são contundentes.
O episódio envolvendo Ganso Sem Limite será também abordado em linha paralela de investigação.
O caso é a estreia do Conselho de Ética e decoro parlamentar da Câmara de Vereadores de Cascavel, que foi constituído em 2014. O pedido para o encaminhamento surgiu em plenário e foi feito pelo vereador Jorge Bocasanta, a mesa acatou.
Em outra ocasião, um dos nomes citados pelo vereador Ganso Sem Limite foi do médico Vilson Dalmina, como participante do esquema que viola a fila do SUS. Dalmina foi procurado pela Catve, mas não quis gravar entrevista. Ele disse que os esclarecimentos já foram prestados à Polícia Federal em outro momento.
Jornal da Catve 1ª Edição