Esporte

Voleibol: Congresso define mudanças nas competições em 2017

O Paranaense adulto também passará por adequações


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O I Congresso Paranaense de Voleibol, que aconteceu em São José dos Pinhais no último fim de semana, cumpriu o objetivo de debater o futuro do voleibol paranaense com a participação maciça de 50 treinadores de todo o Estado no Hotel Tulip Inn em São José dos Pinhais. O evento, que aconteceu entre 26 e 28 de maio, foi realizado pela Federação Paranaense de Voleibol (FPV) e contou com apoio dos clubes filiados e da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). Durante o Congresso foram debatidos temas referentes à melhoria do voleibol no Paraná e no Brasil, com a apresentação de painéis e palestras com renomados profissionais do vôlei, apontando os desafios para elevar a modalidade aos mais altos níveis possíveis. Os consagrados palestrantes foram convidados a participar do evento e agradaram a totalidade dos participantes. Antonio Rizola Neto, gerente de seleções da CBV, atualizou os treinadores quanto aos desafios atuais do voleibol brasileiro e pontuou temas como a importância do investimento nas categorias de base, preparação física e regras específicas para as categorias menores. Renato D?Ávila, superintendente de desenvolvimento da CBV, falou sobre o projeto da entidade para o desenvolvimento do vôlei nacional, afirmando, entre outros aspectos, ser necessária a realização de mais eventos regionais e, também, que haja mais produção científica voltada ao voleibol. José Roberto Guimarães, treinador da seleção brasileira feminina Com o auditório lotado para receber o tricampeão olímpico que fechou com chave de ouro o evento no sábado (28.05), o treinador da seleção brasileira feminina, José Roberto Guimarães, falou por quase 1h30 sobre os desafios que enfrenta diariamente em sua vitoriosa carreira e destacou os principais momentos que estão por vir para o vôlei do Brasil. "É importante falar sobre o voleibol brasileiro de maneira geral, abrangendo as categorias de base e como elas são importantes para o futuro da modalidade. Também achei relevante falar sobre a história do vôlei brasileiro e porquê chegamos até aqui. Contei para eles quais os parâmetros nós utilizamos na seleção do Brasil e, também, sobre a preparação para os Jogos Olímpicos. Acho muito importante que eles saibam como funciona para que, de alguma forma, utilizem o que for possível no dia a dia deles", disse o treinador. Simpático e atencioso, Zé Roberto elogiou o trabalho realizado pela FPV e aproveitou o momento com seus colegas de profissão para contar alguns episódios decisivos dos bastidores da seleção e como faz para trabalhar com as atletas, contando histórias curiosas que envolvem o dia a dia da seleção brasileira. O treinador também falou sobre o futuro da seleção brasileira no Grand Prix e nas Olimpíadas, afirmando que o grupo tem muita qualidade e que o Brasil é um dos times favoritos ao ouro olímpico. Participação dos treinadores Além de ser uma boa oportunidade para adquirir conhecimento e para promover a troca de experiências, mas também para rever os amigos de profissão, o Congresso Paranaense de Voleibol reuniu os treinadores que representaram quase todos os clubes filiados à FPV. Durante os três dias do evento eles participaram efetivamente dos debates, emitindo opiniões e sugestões efetivas para a melhoria das competições. Para Fernando Bonatto, coordenador das equipes de base de Cascavel e que atualmente treina a equipe de Rio do Sul (SC), que neste ano disputa a Superliga Feminina, a inciativa da FPV é fundamental e uma oportunidade imperdível para os treinadores. ?É uma iniciativa fantástica da FPV. Discutir o vôlei de base até o nível adulto é fundamental para que o voleibol evolua como um todo. O debate trouxe pontos negativos e positivos, o que é fundamental para que a gente conquiste ainda mais sucesso como treinador. Ter pessoas como o Zé Roberto falando sobre os desafios do vôlei nas Olimpíadas é uma grande oportunidade, valeu muito a pena estar aqui. Cresci no voleibol do Paraná e vivenciei a realidade da Federação Paulista também, quando treinei o Bauru. Agora estou em Santa Catarina mas continuo coordenando o projeto de base em Cascavel. Aqui foi falado muito que o primeiro passo é construir a base para revelar atletas e saio satisfeito com o que ouvi, pois estamos no caminho certo?, disse Fernando. Também presente ao Congresso, o treinador Dema, de Maringá, um dos mais experientes e vencedores treinadores do Estado, disse que a realização do evento paralelamente aos jogos da seleção brasileira contra a República Dominicana em São José dos Pinhais (a seleção venceu as duas partidas por 3 sets a 0 e 3 sets a 1, respectivamente), foi uma das maiores ?tacadas? do presidente Neuri Barbieri. ?Conheço o Neuri há muito tempo e sei das dificuldades que existem para fazer um evento deste porte. Acho que foi uma das melhores ?tacadas? dele em todos estes anos de Federação por poder reunir boa parte dos técnicos de voleibol do Paraná, e que aqui debateram com reconhecimento de causa. Na palestra do Zé tivemos a oportunidade de ter acesso a alguns itens fechados, restritos da seleção. O fechamento foi ótimo, tenho orgulho em falar que ele é meu amigo pessoal. Aprendi muito com ele. Tricampeão olímpico e tem uma grande simplicidade. Acho que contou muito a favor da Federação este Congresso?, afirmou Dema. Planejamento para 2017 O diretor de comunicação da FPV e organizador do evento, Jandrey Vicentin, comentou sobre o Congresso e afirmou que em 2017 as mudanças solicitadas pelos treinadores dos clubes filiados vão acontecer. ?Durante o Congresso percebi um retorno muito positivo dos técnicos. Junto deles encontramos soluções para melhorar os campeonatos, adequar e melhorar a formatação das nossas competições e para que tenhamos condições de ter cada vez mais clubes integrando as competições, visando melhoria na qualidade técnica do voleibol do nosso Estado?, explica Jandrey. O organizador também destacou alguns pontos que foram decididos no Congresso. ?Entre muitas observações, o que já temos certo para 2017 é a formatação dos torneios através de divisões, entendendo que assim as sedes poderão oferecer mais estrutura. Nas categorias menores dividimos os naipes masculino e feminino, que serão realizados em datas diferentes. Outra melhoria é que adequamos a idade limite das nossas competições à realidade dos campeonatos brasileiros de seleções da CBV em cada naipe?. Quanto ao Campeonato Estadual Adulto também houve adequações. ?Postergamos a inscrição de atletas para o Campeonato Estadual Adulto, que ficou mais longa. O limite era 30 de junho e agora é até 31 de agosto, que é quando se definem as equipes da Superliga. Com isso vamos melhorar a qualidade técnica do nosso campeonato estadual. A participação de Castro na Superliga engrandece o Paraná e, no Estadual Adulto, vai colocar uma equipe com nível técnico acima do que estamos acostumados a ver e vai fazer nosso campeonato ficar ainda melhor?, afirma. Avaliando positivamente os três dias de Congresso, Jandrey destacou a importância da realização da reunião após dois anos sem outro evento semelhante e usou uma analogia, comumente usada pelo presidente da entidade, Neuri Barbieri. ?Vou usar uma analogia que o presidente Neuri bem explicitou: A FPV é um condomínio em que os clubes filiados são os moradores. Quem determina as regras para convivência são os moradores, os filiados. Há pelo menos dois anos não havia essa reunião de técnicos para definir os campeonatos, as condições de sediamento, regras especificas. A minha avaliação é a mais positiva possível, é muito importante este retorno do diálogo franco. Espero que em 2017 possamos implementar tudo o que foi discutido aqui para fazermos todos um voleibol ainda melhor?, finaliza.

Redação Catve.com

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