Fórmula TrucK: Vinte momentos - por Luc Monteiro


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A Fórmula Truck chega à vigésima temporada e vocês não se iludam: vamos, sim, abusar do número 20 ao longo do ano. Os exercícios das duas dezenas começam a pipocar em profusão e, acompanhando a onda, eu mesmo proponho um, aqui: elencar os 20 momentos que mais chamaram atenção desde que essa história começou. Costumo me ater a detalhes que seguramente vão desviar a minha lista da pretensão de relacionar os principais momentos - repito, são os que mais chamaram a minha atenção, ou que por algum motivo mereceram que deles eu lembrasse agora. E seguindo as informais recomendações de um amigo que gosta de relacionar suas citações, seus "causos" e seus relatos citando local e data, é esse o referencial que indico em cada ponto enumerado. Vou respeitar, também, a ordem cronológica dos fatos. É o meu "top-twenty", por assim dizer: *** O choro convulsivo e descontrolado de Roberto Cirino, diretor de Operações da Fórmula Truck, nos boxes de Curitiba/2001, acompanhando por um televisor a atuação que levou seu filho Wellington à primeira de suas 24 vitórias na Fórmula Truck. Outras três vitórias viriam naquele ano, a última delas também na pista de Curitiba, no encerramento da temporada, dando ao piloto o primeiro de seus quatro títulos; *** O ato heroico de Mad Macarrão, ou Eduardo Landim Fráguas, em Interlagos/2003. Com o caminhão pegando fogo por conta de um problema nos freios - as labaredas já davam o ar da graça numa parada de box poucas voltas antes -, o piloto tirou o capacete e ficou pendurado na porta de seu Volvo reta dos boxes acima, com uma mão na porta e outra no volante, buscando desesperado um lugar onde o caminhão pudesse arder em chamas sem oferecer risco ao público. Encontrou tal porto seguro no S do Senna. Já ao fim da reta, apontou o caminhão para a mureta de proteção de pneus paralela à descida entre as duas tomadas e saltou, rolando pelo asfalto enquanto os cabelos coloridos expeliam a fumaça do fogo que já ameaçava o próprio piloto - o episódio de 12 anos atrás foi relembrado no site da Truck. Um grande personagem, o Macarrão; *** O décimo aniversário de morte de Ayrton Senna já passava de duas semanas, mas tudo que se escreveu e falou a respeito mantinha o assunto bastante vivo naquele 16 de maio, dia da etapa de Interlagos/2004. Foi quando Ronaldo Gonçalves, então locutor de arena da Truck, pediu silêncio aos dezenas de milhares de presentes e deu à equipe Som da Ilha o sinal combinado para que o sistema de som do autódromo transmitisse a gravação daquela volta que Senna teria narrado para a Rede Globo de dentro de seu carro. Com áudio do motor Renault berrando e tudo mais. Quando a gravação chegou ao momento da Williams passando pela reta, as arquibancadas explodiram em vibração. Para vocês terem uma ideia, os pelinhos do meu braço arrepiaram agora, relembrando o episódio para relatá-lo aqui quase onze anos depois. Incluo nessa cota aqui outra do Ronaldo, de que lembrei agora: Cascavel/2002, pouco além das dez da manhã do domingo, ele pede silêncio à torcida (é sempre arriscado), ajoelha-se na grama diante de uma das arquibancadas e, depois de uma bela mensagem que havia ensaiado, conclama toda aquela multidão a rezar um Pai Nosso. "Se ferrou", eu temi na sala de imprensa - o verbo que conjuguei não foi "ferrar", mas não compromete o sentido. De chapéu no peito, o rapaz conseguiu pôr o autódromo inteiro, que vivia clima de festa típico de Cascavel, a orar em coro. Caí do cavalo. E rezei junto; *** Lembro dia, mês e ano em que virei fã declarado das corridas de caminhão: 4 de junho de 2004. Por um motivo bobo, como são bobas maioria das coisas que me envolvem. Era sexta-feira de treinos livres e, sem nada de tão urgente a fazer, caminhei até o fim da reta dos boxes para ver os caminhões na pista - ou para espairecer, ou ambos. Da beira da pista, comecei a observar a velocidade em que as rodas dos caminhões giravam. Aquilo me impressionou. Embora já houvesse estado em eventos da categoria dezenas de vezes, aquela foi a primeira noção real que tive da velocidade atingida. "Isso aqui é fora do comum", exclamei para mim mesmo, impressionado. Não havia mais como não achar aquele negócio algo fora do comum; *** Ainda Goiânia/2004, a corridaça de recuperação feita pelo Roberval Andrade. Ele largava em último, consequência de um sábado de cão, e estava otimista. Pedro Pimenta, seu então estrategista, revelava, momentos antes da corrida, o plano da equipe de, com tudo dando absolutamente certo, o piloto estar no grupo dos cinco ou seis primeiros na 12ª volta, quando havia a intervenção programada do Pace Truck - hoje essa intervenção acontece a um terço de corrida, ou cerca de vinte minutos (olha o 20 aí de novo). Na quinta volta, Roberval era o líder, posição que manteve a duras penas, dada a pressão que recebia de adversários de respeito como Renato Martins e Beto Monteiro, até faltarem duas curvas para o fim da corrida. A quebra do paralama traseiro direito de seu caminhão gerou um atrito que o fez rodar. Monteiro ganhou e, de volta à pista, Roberval terminou em quinto. Subiu ao pódio com cara de poucos amigos; *** Os pulinhos frenéticos da Débora Rodrigues, que extravasou no teto da cabine de seu Titan Tractor depois de Goiânia/2005, onde alcançou o pódio como quarta colocada. Nem era o primeiro pódio da moça, que um ano antes já havia conquistado o mesmo resultado em Londrina, só que em Londrina ela não subiu ao pódio, seu quarto lugar foi confirmado bem depois, com a desclassificação de dois pilotos que haviam terminado à sua frente. Outros pódios viriam na carreira de Débora, com os terceiros lugares em Fortaleza/2006 e Curitiba/2006 e os quintos lugares em Guaporé/2008 e Cascavel/2012; *** Aquele acidente pavoroso no que seria a largada de Campo Grande/2005, que converteu 19 dos 23 caminhões inscritos em um monte único de metal retorcido, com a imagem da cabine do Mercedes-Benz do Heber Borlenghi acertando com tudo a mureta dos boxes - estava vendo a corrida pela televisão na casa da minha mãe e dei um grito quando isso ocorreu. Imaginei o pior, e Heber felizmente saiu ileso, aquele chicote da cabine dele realmente me assustou. Um drama acompanhado do choro desesperado do Djalma Fogaça diante da constatação que seu piloto José Maria Reis estava preso às ferragens de seu Ford sob dezenas de toneladas de peso; *** A vitória do Luiz Zappelini em Curitiba/2005, que a chuva converteu em uma das corridas mais malucas de todos os tempos. Não exatamente a vitória, em si, mas um dos momentos que levaram o catarinense a ela. Nunca perguntei a nenhum dos dois se foi isso mesmo, mas minha percepção foi de que na aproximação para o S de alta do circuito paranaense, com asfalto molhado, Zappelini perdeu o ponto ideal de frenagem e tangência e, no trabalho para tentar manter o caminhão na pista, fez uma ultrapassagem sobre Renato Martins. Por fora, o que tornou o momento ainda mais digno de aplausos. Voluntária ou não, uma manobra espetacular. E a vitória veio na metade da última volta, com uma ultrapassagem sobre Felipe Giaffone, que fazia sua segunda participação na Truck com um Scania ?bicudo? da equipe de Roberval Andrade - derrapou numa poça de óleo, o Giaffone, o suficiente para que perdesse a posição e terminasse a corrida em segundo. Zappelini também derrapou, mas nas palavras. Durante a coletiva de imprensa, como vencedor, declarou que o Brasil tinha produzido dois pilotos bons em pista molhada e um deles já tinha morrido; *** O exercício de superação de Wellington Cirino na conquista do terceiro de seus quatro títulos, em Brasília/2005. Ele disputou as duas últimas corridas daquele ano caminhando com auxílio de muletas - e ainda assim com dores que lhe mudavam a expressão facial a cada segundo -, por conta dos pés esmigalhados num acidente nos treinos de quatro meses antes em Londrina. Em seu retorno, apesar da condição física deplorável, conseguiu um segundo lugar em Tarumã e o terceiro em Brasília, em duas vitórias de Roberval Andrade. Levou o campeonato por nove pontos, havendo 25 em disputa por etapa pelo regulamento de então; *** A histórica vitória de Pedro Muffato em Fortaleza/2006, sua primeira e única na categoria, na etapa que marcou também sua primeira e até hoje única pole position. Estava em casa vendo pela televisão, achei que tudo estaria perdido quando Pedro se esfregou reta abaixo com Roberval Andrade - que tentava descontar uma volta de atraso -, mas deu tudo certo. Depois da corrida fui ao posto de gasolina no centro da cidade, lá estava todo mundo de Cascavel que acompanha o automobilismo bebendo, sorrindo e comemorando a vitória do Pedro. Para valorizar mais um pouquinho o número 20, esse foi o número de vezes que Pedro Muffato esteve no pódio da Truck. E o número do caminhão dele, todos sabemos, quase sempre foi o 20; *** Cascavel/2006. Uma semana antes da corrida, Aurélio Félix comandava a reta final das obras de melhoria que costumava fazer nos autódromos que recebiam a Fórmula Truck. Um pequeno séquito acompanhava Aurélio em cada passo. Aurélio andava um tanto aborrecido com um tanto de desocupados cascavelenses que o acusavam de ir a Cascavel com sua categoria para ganhar o dinheiro da cidade. Talvez esse não seja o verbo mais adequado, mas o tom desse tipo de comentário era mesmo de acusação. Rodeado de gente como sempre, falava com os seus a respeito. Juli e eu dividíamos um refrigerante e um cheese-salada. Aurélio me fitou e disparou, falando um pouco alto porque nossa mesa não estava tão perto assim daquela roda: "Ô, cara, você também acha que eu venho aqui buscar o dinheiro da cidade"?. A bronca dele não era comigo e a pergunta veio acompanhada de um riso de canto de boca. "Claro que vem", respondi, sério. Dos dez ou doze que estavam à volta do Aurélio, vários me olharam como quem diz "blasfemo!". Aurélio, de braços cruzados, esperava que eu completasse a resposta, que dei fazendo outra pergunta. "Se for pra fazer caridade você para de fazer corridas e abre um hospital beneficente, não é isso?". Sim, claro que era isso. Notei que a provocação do Aurélio tinha tom de sarro e emendei com outra observação óbvia: "Aliás, eu no seu lugar pararia de distribuir tanta credencial pra amigo. Se o sujeito é mesmo seu amigo ele paga ingresso pra prestigiar seu evento". Muitos olhares baixaram de imediato. Foi o que bastou para desmanchar aquela roda em torno do Aurélio, que quando saiu da lanchonete me deu um peteleco no ombro e murmurou um "obrigado, cara". *** De novo Cascavel/2006, primeira vez que narrei uma corrida da Fórmula Truck, pela Rádio Capital FM - a emissora é da cidade sempre transmite ao vivo as provas da Stock Car e da Fórmula Truck, sempre sou escalado para a narração. Muffato, piloto da casa, abriu a corrida como líder do campeonato, havia uma grande expectativa em torno disso, ele foi ao pódio em terceiro e perdeu a liderança para o Renato Martins, que venceu. Mas o que marcou a corrida para mim foi ver, a poucos instantes da relargada, um homem que estava pendurado no alambrado da antiga reta dos boxes cair desacordado na pista. A acelerador pleno, os caminhões passavam a poucos palmos da cabeça do dito cujo. Ele foi socorrido pela equipe médica dentro da ambulância bem em frente à cabine da rádio, e perdi o rebolado da transmissão testemunhando aquilo. Minha mãe, que viu a corrida pela televisão e zerou o volume da Bandeirantes para me ouvir no rádio, disse ter notado que fiquei muito impressionado. Serviu de lição para as centenas de narrações que viriam depois no rádio e na televisão. Com o rapaz que desmaiou na pista não aconteceu nada; *** O que ocorreu logo depois de Brasília/2007 deve ter sido inédito na história do automobilismo mundial: o vencedor, em vez de tomar o caminho do pódio, correu em direção ao público. Até aí, nada demais, acontece a toda hora. O ineditismo que eu supus está na excêntrica comemoração de Geraldo Piquet, piloto da cidade, que acabava de conquistar a terceira de suas dez vitórias na Fórmula Truck: ele simplesmente jogou seu capacete para a torcida. Tentou jogá-lo, na verdade. A peça, que ficaria muito bem na estante da minha sala, foi parar numa área inacessível ao público. É claro que foi questão de segundos para que a corrida a pé até o souvenir de luxo tivesse um anônimo vencedor; *** Foi hercúlea a missão em Jacarepaguá/2010, estreia da categoria no ex-autódromo do Rio. Evento inédito, portanto sem o referencial de anos anteriores, dá muito mais trabalho. Imagine isso em algo do tamanho da Fórmula Truck... Os dirigentes dos órgãos oficiais do automobilismo não se entenderam com suas agendas, a solução foi antecipar a data em uma semana e, fugindo aos padrões da Truck, fazer um evento casado com outra categoria, no caso o Porsche GT3 Cup. Naquele caso, apesar de estar em casa com a Truck, eu era visita - fui ao Rio para narrar as corridas da Porsche pelo também finado Speed Channel. Jamais havia parado para bater papo com Neusa Navarro, é provável que até então tivéssemos trocado não mais que meia dúzia de ois. Como a etapa da GT3 Cup aconteceu pela manhã, pude acompanhar a Truck com atenção. A corrida terminou, a coletiva de imprensa também, saí da coletiva e encontrei Neusa caminhando daqui até ali. Cumprimentei-a, à pronta resposta perguntei alguma coisa, e dali começou uma conversa de longos minutos que serviu, de cara, para dissipar a imagem de mulher sisuda que eu tinha dela. E fiquei impressionando não com o que falamos, que rendeu um bom post para o meu blog, mas com a tranquilidade da Neusa. Caramba, nem parecia que havia acabado de comandar uma operação tão causticante. A partir dos anos de convívio desde então, a segunda impressão foi a que ficou; https://lucmonteiro.wordpress.com/2010/04/21/por-conta-propria/ *** Outra operação de guerra, da qual participei levemente a centenas de quilômetros de distância, foi montada para a visita de Ronaldo Fenômeno ao box da equipe de corridas do Corinthians em Interlagos/2010, ação que tornou ainda mais movimentado um ambiente já apinhado de gente dentro e fora dos boxes. Deu um trabalhão. Deu um retorno e tanto, também. E o Corinthians foi campeão naquele ano. Nas pistas, não nos campos; *** Caruaru/2012, terceira corrida do ano. Beto Monteiro, o piloto da casa, tinha ganhado as duas primeiras etapas, no Velopark e em Jacarepaguá. O cenário era perfeito para uma festa pernambucana daquelas. E talvez nem a própria Fórmula Truck tenha apostado tanto no potencial sugerido por esse cenário. O resultado foi que, mesmo em domingo de decisão no futebol pernambucano, apareceu muito mais gente do que o autódromo poderia comportar. O ponto mais positivo de tudo isso foi a compreensão - para mim surpreendente - das milhares de pessoas que ouviram, nos portões, as instruções da organização do evento. Permitir a entrada de todos poderia acarretar consequências desagradáveis. E, com uma calma de fazer pensar na vida, milhares de torcedores voltaram tranquilamente para suas casas para ver a corrida pela televisão. Monteiro foi o terceiro colocado naquela corrida, vencida por Wellington Cirino. Na volta de retorno aos boxes depois da bandeirada, estacionou seu Iveco à beira-pista na reta oposta para saudar a fervorosa torcida pernambucana. A resposta das arquibancadas foi tamanha que, exagero meu, deve ter sido ouvida lá na Ilha do Retiro, onde logo depois o Santa Cruz venceria o Sport por 3 a 2 para se tornar campeão estadual pela 26ª vez; *** Time pequeno faz bem a qualquer esporte, escreveu certa vez o guru Flavio Gomes, que é torcedor da Portuguesa de Desportos e abordava a façanha de Roberto Moreno na Fórmula 1 ao classificar o carro da raquítica Andrea Moda ao grid do GP de Mônaco em 1992. Leandro Reis que o diga. Sua equipe não era, claro, nenhuma Andrea Moda; ao mesmo tempo, estava longe, muito longe, da condição de favorita a qualquer glória na etapa de Goiânia/2012. Talvez isso justifique a festa sem precedentes feita por todos os integrantes da Original Reis quando o piloto da casa surpreendeu todo mundo e arrebatou a pole position, sua segunda na categoria, repetindo Campo Grande/2010. Foi carregado no colo, ovacionado pela torcida - sim, a Fórmula Truck tem torcida no autódromo na véspera das corridas - e levado para o centro da cidade para desfile em caminhão aberto. Já me disseram até que foi em caminhão do Corpo de Bombeiros, mas não acredito. A comemoração daquela turma contagiou até quem engolia a seco ter perdido a pole para o azarão Leandro. Minha vontade, embora não seja tão próximo assim do Leandro, foi de abandonar meus afazeres e cair naquela farra com os goianos. Fiquei na vontade. Na corrida, Leandro foi sexto, a menos de cinco segundos de um lugar no pódio. Dadas as limitações técnicas com que teve de lidar, tirou leite de pedra; *** A única vez em que fui para a mureta de boxes para ver o show de manobras da Danielle e do Juninho foi em Córdoba/2012, e o que os dois e mais o Fábio Bomba fazem com aqueles caminhões causa emoções mesmo em quem está acostumado com o enredo. O que me deixou surpreso mesmo foi ter visto, a poucos palmos de distância, a Dani dando cavalos-de-pau executando as manobras com um caminhão daquele tamanho tendo apenas uma das mãos ao volante, enquanto ajeitava as madeixas atrás da orelha, serena como se estivesse debaixo de seu edredom em Santos; *** Ainda Córdoba/2012. Precisávamos de um violão para uma roda de musiquinha sertaneja no domingo à noite no hotel. Ainda era sexta-feira. Enquanto quebrávamos os miolos tentando imaginar onde poderíamos conseguir um, Paulo Salustiano, então piloto de um Volvo da ABF, surge no recinto. De estalo, propus que se ele fosse para o pódio na corrida o problema e conseguir o instrumento seria dele. "Eu topo, mas só se terminar a corrida entre os três primeiros", treplicou, para nossa pronta concordância. Salu terminou a corrida em segundo, conseguiu um violão com alguém e a comemoração pelo resultado de pista teve os repertórios das melhores duplas do passado e do presente. Momentos bobos dos quais quem participou jamais vai esquecer. Ali nasceu a Ilha da Fantasia, e só quem esteve lá sabe do que se trata, e essas pessoas vão ler isso aqui e abrir um sorriso e lembrar que todos deveríamos fazer festas sadias mais vezes; *** A quarta corrida do último campeonato teve de ser interrompida para que a condição da pista fosse restabelecida. Isso por conta de um acidente que envolveu sete caminhões. Pedro Muffato, David Muffato, Ronaldo Kastropil, Luiz Lopes, João Maistro, Jaidson Zini e Adalberto Jardim foram traídos por uma poça de óleo e saíram da pista no mesmo ponto. Com eles, nada aconteceu. O que me fez colocar Brasília/2014 nessa seleção de vinte não foi o acidente, e sim um de seus desdobramentos. Michelle de Jesus, apenas em sua terceira corrida na categoria, protagonizou uma das manobras mais bonitas da temporada, evitando bater no caminhão de Jardim, que se arrastava todo danificado em direção aos boxes, e evitando também o que por alguns segundos parecia ser uma pancada violenta no muro de entrada dos boxes. Perguntei à Michelle algumas vezes se foi manobra consciente, se agiu daquele jeito por reflexo ou no puro susto. Até hoje não tive resposta - talvez nem ela mesma saiba.

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