Os servidores municipais de Cascavel não terão ganho real em 2018. A Prefeitura já definiu que só tem condições de garantir o ajuste da inflação no salário do funcionalismo. Isso é, será enviado para Câmara de Vereadores autorização para conceder o aumento de 1,7%.
O blog apurou que o prefeito, Leonaldo Paranhos (PSC), queria conceder 2% mas foi alertado pelo secretário de Finanças, Renato Segalla, que somado ao aumento que será concedido aos professores e considerando a arrecadação, o Município atingiria o limite prudencial.
O secretário de Planejamento e Gestão, Edson Zorek, confirmou que o prefeito já concordou com o 1,7%. Ele afirmou também que os professores terão, além do 1,7%, mais 4,3%, para atingir os 6% exigidos para adequação do Piso Nacional.
Contudo, será proposto ao Siprovel (Sindicato dos Professores Municipais de Cascavel), que os 4,3% sejam pagos em parcelas.
Outro fator que Zorek justifica como impedimento para pagar mais que a inflação é o acréscimo de 0,5% de contribuição patronal para o IPMC (Instituto de Previdência do Município de Cascavel), que também incide na folha de pagamento.
ÍNDICE PRUDENCIAL
O gasto com folha de pagamento da Prefeitura de Cascavel está perto dos índices que geram os alertas do TCE (Tribunal de Contas do Estado), baseado na LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).
Em março, a despesa com recursos humanos atingiu 48,65% da receita. Isso já representa 90% do que é permitido. O teto é de 54% da receita corrente líquida.
Além disso, o gasto com a folha aumentou em relação em janeiro, que fechou em 48,19%.
O secretário de Planejamento e Gestão, Edson Zorek, detalhou que o alerta só é feito caso o atinja 49%.
"Por isso estamos realizando todos os cálculos e projeções para conceder o reajuste anual dos servidores públicos. Embora com toda arrecadação, no ano passado aumentamos serviços e por consequência 10% do nosso quadro o que reflete esse ano", explica o secretário.
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