A Polícia Federal de Cascavel está na busca de recursos para garantir construção da sede própria da delegacia e já tem um alvo que pode financiar a obra: as apreensões da Operação Ferrari, uma das maiores já deflagradas para combater o tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. De acordo com o delegado-chefe da PF, Marco Smith, aproximadamente R$ 100 milhões foram levantados na Operação, que prendeu 25 pessoas em junho de 2015. A base da quadrilha presa na Ferrari era a cidade de Londrina, norte do Paraná, que importava pasta base de cocaína do Peru e Bolívia e levava para São Paulo e Bahia, em laboratórios que faziam o refino. Parte do esquema também consistia no envio de malas de dinheiro aos coordenadores da quadrilha, em Londrina. Até postos de combustíveis estavam na lista de bens sequestrados na época. É deste montante de R$ 100 milhões apreendidos que a PF busca a verba para edificar a sede própria, orçada em R$ 20 milhões. Para que isso ocorra, é necessário fazer um pedido à Justiça Federal e ao Ministério do Planejamento, o que deve ser feito em breve. Isso porque, segundo o delegado já afirmou em entrevista ao Papo Reto, a obra "tem que começar em 2018". O projeto da nova delegacia já está pronto e será semelhante ao construído em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul. O terreno já está doado à União, próximo ao Terminal Rodoviário. A delegacia terá um núcleo de perícia próprio, em que poderão ser lotados peritos criminais em Cascavel. Atualmente, quando a PF precisa de perícia, recorre a Foz do Iguaçu, Guaíra ou Curitiba.