A polêmica da Escola sem Partido está renascendo nas cinzas na Câmara de Vereadores de Cascavel com uma nova tentativa de parte da bancada religiosa da Casa. O projeto coloca em rota de colisão as vertentes conservadoras e progressistas da Casa. Estes já falam na inconstitucionalidade do projeto já apontada pelo MPF (Ministério Público Federal) e também pelo STF (Supremo Tribunal Federal) Os autores são os pastores da Casa, vereador Romulo Quintino (PSL) e Celso Dalmolin (PR). Pela segunda vez na legislatura (na primeira o projeto foi retirado), foi protocolado no fim da semana passada o projeto de lei 155, que cria o programa e impõe várias proibições aos professores da rede municipal. A principal vedação é a da "prática de doutrinação política e ideológica em como a veiculação de seus conteúdos". O vereador Romulo diz que o projeto é uma reação a um ?ataque de uma ala partidária?. "Nós tivemos uma surpresa de um ataque de uma ala partidária tentando tirar do plano municipal a vedação da ideologia de gênero. Estamos fazendo esta ação para proteção das crianças. Elas não podem aprender na escola partidarismo, ideologias e ter qualquer tipo de captação religiosa". Também apoiador da proposta, Dalmolin fala em preservação das crianças. "É mais uma arma para preservar nossas crianças de ensinamentos que as famílias e os pais não concordam". Do lado oposto, está o vereador Paulo Porto (PCdoB). Ele crê que o projeto não chegará longe e não trará benefícios aos estudantes. "É um projeto de forte matriz conservadora, que tem como seu grande defensor de nível nacional o ator de filme pornô, Alexandre Frota. Projeto que segundo a OAB é inconstitucional e seu único objetivo é defender a criança da inteligência e do conhecimento".