Por unanimidade, a Comissão de Ética da Câmara aceitou dar prosseguimento à representação contra o vereador Fernando Hallberg (PPL) sob a acusação de quebra de decoro parlamentar e falta de ética. O relator da investigação contra Hallberg será o vereador Misael Junior (PSC), do mesmo partido do vereador que pediu a investigação, vereador e líder do governo Alécio Espínola. O presidente da Comissão de Ética, Olavo Santos (PHS) disse que Hallberg já recebeu uma cópia do processo e está correndo o prazo para apresentar a sua defesa. "Foram levantadas as razões e a Comissão entendeu a representação deveria ser acatada. Ele tem prazo de quatro sessões para apresentar sua defesa", explicou Olavo. A crise na Câmara teve início quando Hallberg fez críticas pesadas contra Alécio. Na interpretação do líder do governo, houve insinuação de que ele estaria recebendo propinas para defender o Executivo na Câmara. Depois dessa representação, ele tem sido bombardeado por problemas de seu passado, como a prisão por tráfico e uso de cocaína e uma acusação, a qual ele nega, de agressão a ex-namorada. O advogado de Hallberg foi procurado e diz que só vai se manifestar sobre a defesa depois que tiver acesso aos argumentos da Comissão de Ética para aceitar a representação. CASO DAMASCENO JUNIOR Também hoje (17) foi apresentada a defesa do vereador Damasceno Junior (PSDC), que também tem processo na Comissão de Ética. No mês de setembro, Damasceno esteve envolvido em duas denúncias, praticamente na sequência. Primeiro foi de que uma assessora indicada por ele e nomeada pela Presidência da Casa não cumpria expediente na Câmara. Ela foi flagrada fazendo registro no relógio ponto mas voltando para casa, em vez de trabalhar. Depois, vazou uma gravação em áudio do parlamentar em que ele aparece oferecendo um cargo da Secretaria de Esportes, supostamente, em troca de serviço de segurança particular que seria prestado pelo indicado ao cargo. No áudio, o vereador oferece o cargo com salário de R$ 3.070. Damasceno negou que o serviço de segurança seria pago com o salário da Secretaria de Esporte, e que o salário seria pago do seu bolso. Ele disse ainda que precisa de segurança particular pois vem sofrendo ameaças e já teve um veículo roubado. Sobre a assessora fantasma, ele admitiu que fez a indicação mas que não sabia que ela não estava indo trabalhar.