O governo do Paraná poderá deixar de ser intermediário no repasse de boa parte dos recursos da saúde enviados pela União. Está em fase avançada a adesão da Secretaria de Saúde de Cascavel à gestão ampliada de exames e consultas com especialistas de média complexidade ambulatorial. Isso representa mais de R$ 20 milhões por ano que, atualmente, o governo federal repassa ao Estado para pagar tais procedimentos. Esta semana uma reunião da Comissão de Serviços e Projetos do CMS (Conselho Municipal de Saúde) com todos os prestadores de serviço em saúde que têm contratos com o governo o assunto foi detalhado pelo secretário de Saúde de Cascavel, Rubens Griep. A reunião teve momentos de debates acalorados. Inicialmente, a informação é de que Cascavel iria aderir à gestão plena da Saúde de todos os recursos, isso é, assumir a administração de todos os recursos da saúde. Dado desmentido por Rubens, que detalhou que a gestão ampliada seria restrita a alguns procedimentos. "Isso vai envolver contratos antigos. Com a gestão ampliada, o Estado repassaria os recursos para o Fundo Municipal de Saúde", explicou Rubens. Com isso, o Município passaria a ser responsável pelos pagamentos dos procedimentos. Entre os itens que passariam a ser pagos pelo Município estão: laboratoriais de análises clínicas, ultrassom, raio-x, consultas com especialistas (ortopedia, oftalmologia e outros). A adesão ainda divide opiniões e gera dúvidas quanto aos procedimentos na área de oncologia que tem uma demanda de atendimento superior às demais áreas. Porém, Rubens defende a mudança no sistema alegando que é possível aumentar o número de atendimentos. A decisão final depende ainda da aprovação do Conselho Municipal de Saúde que vai se reunir dia 16 de outubro, às 17h, para votar a gestão ampliada. Antes disso, o Conselho pretende debater o assunto com o diretor da 10ª Regional de Saúde, Miroslau Bailak.