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Não há confirmação oficial de que ambulante preso pela GM é latrocida

Prisão feita há um mês gerou repercussão pela suspeita de abuso de autoridade dos age


Hoje (2) completa-se um mês da polêmica prisão executada pela Guarda Municipal de Cascavel de um vendedor ambulante que teria na sua ficha policial um mandado de prisão por latrocínio. E passado quase um mês da prisão, dúvidas pairam sobre o forte argumento que serviu para justificar a ação incisiva da guarda. Na época da prisão e até este momento, não há certeza de que exista um mandado de prisão contra o rapaz pelo crime de latrocínio. O que havia no dia que ele foi preso era um mandado por roubo, crime bem mais brando que o de roubo seguido de morte. Afinal, de onde então surgiu a informação do latrocínio e porque ninguém veio a público corrigir o que jogado à opinião pública? O coronel Avelino Novakoski, diretor da Guarda Municipal, disse que o próprio preso disse aos agentes de segurança que havia assassinado uma pessoa para roubar uma moto. O crime teria ocorrido no Mato Grosso do Sul, na cidade de Ivinhema. "Quando foi feita investigação, constava só roubo. Mas ele mesmo contou que matou um colega e roubou a moto. Como havia um mandado em aberto, foi deduzido que seria o de latrocínio. Mas depois deduzimos que ainda não havia uma confirmação da autoria do homicídio", disse Novakoski. Uma consulta feita na época no Sinesp Cidadão, que é integrado ao Banco Nacional de Mandados de Prisão do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), já apontava que o mandado em aberto era apenas por roubo. O coronel reconhece que no momento da abordagem a guarda não tinha como saber que o homem tinha um mandado mas nega que essa informação do latrocínio tenha sido usada para justificar qualquer eventual abuso de autoridade da GM. "O que se contou na época que foi tirado um meliante da rua. E quanto as irregularidades que eventualmente algum guarda tenha praticado, as imagens não mentem, se houver confirmação, os que se excederam serão punidos", detalhou o coronel. O processo na corregedoria sobre este e outros casos envolvendo a Guarda Municipal ainda não foram concluídos.

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